De volta à infância
O “dedo podre” é um padrão que se desenvolve ainda na infância.
A forma como os pais dão amor à criança é, muito provavelmente, a forma como ela irá esperar receber amor do mundo. Quando não é atendida nestas necessidades, é possível que acabem criando uma barreira emocional que impeça um nível de intimidade maior – como deram amor e de certa forma não foram correspondidas, acham que o mundo as percebe assim. Elas acabam escolhendo alguém que também tem esta mesma forma de se relacionar, para tentar compensar as dificuldades ocorridas na infância.Esta forma de se relacionar se repete em outros âmbitos da vida dessa pessoa. É alguém que pode ficar super próxima de amigos, mas vai estar geralmente ajudando esses amigos e não desenvolvendo reciprocidades, quando o saudável é se construir relações que enriquecem as duas partes.
Reforçando que as experiências pessoais e o ambiente são as peças chave para a construção desta visão do outro essas mulheres que tiveram relações inseguras com figuras masculinas importantes: às vezes o pai é pouco afetivo e não demonstra explicitamente o afeto pela filha, ou não sabe valorizar o que ela tem de bom. Nesses casos, a menina pode aprender que o amor que vem de uma figura masculina é assim: pouco explícito, pouco cuidadoso, inseguro. E aí, obviamente, ela vai selecionar homens que tenham essa forma de se relacionar.
O padrão também pode originar-se de decepções. Por exemplo, a mulher se apaixonou perdidamente por alguém que não lhe dava bola e passa anos se dedicando a esse relacionamento. Essa mulher muito provavelmente irá mudar a forma de se relacionar com o outro a partir daí. Pode aprender que o pouco que vem já basta para fazê-la feliz e aí passa a vida procurando homens assim.
Comportamento padrão
Escolher sempre o mesmo tipo de homem é uma característica de mulheres com “dedo podre”.  sempre escolhe aquele que não lhe dá atenção, que só quer saber dos amigos, ou não a respeita. E nem sempre, elas conseguem perceber facilmente que estão entrando em relacionamentos semelhantes. Isso porque procuram pessoas para se relacionar com base nas suas referências anteriores.
Também são comuns os casos em que as mulheres mantêm a relação mesmo sendo agredidas física ou verbalmente, ou se submetem a sustentar um homem que não consegue parar em nenhum emprego. Pois se ela encontra um homem amoroso, interessado, ela acha completamente sem graça! Afinal, o que de fato os homens que parecem mais interessantes são os que, de alguma maneira, retomam as questões que ela enfrentava na infância. 
São mulheres que geralmente têm a autoestima baixa, são muito desconfiadas e sempre estão com a sensação de que o outro vai as ferir, humilhar e mentir. Elas também têm a sensação de que são inferiores, são muito sensíveis às críticas e não suportam discutir, com medo da rejeição. Basicamente, são pessoas que não conseguiram desenvolver uma percepção boa de si mesmo.
Relações autodestrutivas
Geralmente mulheres que seguem este padrão comportamental investem em relacionamentos autodestrutivos, que inviabilizam uma vida de troca satisfatória, que não satisfazem as necessidades afetivas.
Uma das principais dificuldades enfrentadas por estes casais é a evolução da intimidade já que são pessoas que não conseguem se entregar completamente e resolver os conflitos.
A dependência mútua – já que ambos encaram o amor de formas semelhantes – acaba prendendo os dois na relação. É uma complementação pela dificuldade emocional. Se ela é fraca, fica forte na relação. Então não precisa olhar para a própria fragilidade.