quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Por favor, deixem-me colorir-me!

Tenho meditado um pouco na frase de Álvaro de Campos:
"É sempre de nós que nos separamos quando deixamos alguém."
Ela é muito boa para colocar em perspectiva nossas relações com as pessoas, as coisas, com a vida.Se considerarmos como nos relacionamos com os objetos em relação às nossas experiências, podemos vislumbrar como nos relacionamos com as pessoas e quais experiências tiramos delas. E é justamente aí que está a beleza e profundidade da frase de Álvaro de Campos. Porque as pessoas que passam por nossas vidas não são apenas pessoas. Nem ferramentas. São experiências. Experiências que acontecem em NÓS, ativando partes que nem sabíamos que tínhamos, potencialidades adormecidas, perspectiva de vida que não tínhamos vislumbrado porque estávamos dormentes. Mas temos que escolher se seremos apenas levados por essas experiências, como drogas, nos apequenando, ou se vamos ser transformados por elas, cultivando aquilo que recebemos e doando ao próximo, transformando os outros, e assim aquela pessoa/experiência será imortal, e você estará sempre com ela, independente da distância ou do tempo.
Vamos nos colorir.

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