sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

PUDIM DE LARANJA

Ingredientes: 
3 laranjas ácidas
3 colheres (sopa) de manteiga
100 g de farinha de trigo (cerca de 6 colheres sopa)
1 litro de leite
1 1/2 xícara (chá) de açúcar
1 colher (café) de baunilha ou 1 envelope de açúcar vanile
1 pitada de sal
6 ovos

1) Retire as raspas de uma laranja e reserve.
Corte as outras duas em fatias bem finas.

2) Leve a manteiga ao fogo, junte a farinha e misture bem, deixando dourar. Junte o leite frio ou morno, aos poucos, e bata bem para dissolver os grumos que possam se formar.
Acrescente o açúcar, a baunilha ou o açúcar vanile, o sal e as raspas de laranja.
Leve ao fogo,  mexendo sem parar até que comece a engrossar.

3) Retire do fogo, deixe amornar e junte as 6 gemas batidas com um pouquinho do creme retirado da panela. Acrescente as claras batidas em neve, misturando delicadamente.

4) Unte uma forma para pudim, sem furo no centro; espalhe açúcar por cima da manteiga e forre o fundo e os lados da fôrma com as fatias de laranja. Despeje a mistura e leve ao forno em banho maria por cerca de 1 hora. Sirva frio ou gelado.

Preparo: 30 minutos Cozimento: 20 minutos no fogo 1 hora no forno 
Rendimento: 6 porções Sirva como sobremesa 

COQUETEL DE CHA

Ingredientes:
2 colheres (sopa) de chá preto tipo Ceilão
1 xícara (chá) de gim
1/2 xícara (chá) de curaçau (licor de laranja)
1 pitada de cravo torrado e moído
1 pitada de noz moscada
1 colher (café) de canela em pó
1 pitada de gengibre em pó
1 colher (café) de pimenta em grão

1) Despeje 1 litro de água fervente sobre o chá.
Tampe e deixe em infusão por 5 minutos. Coe e deixe esfriar.
2) Numa poncheira grande, junte o chá, o gim e o curaçau. Adicione o cravo com a noz·moscada, a canela, o gengibre e a pimenta em grão. Misture bem e leve à geladeira.
3) Sirva em copinhos com cubos de gelo.
Preparo: 10 minutos Rendimento: 10 a 12 porções Sirva em reuniões e coquetéis 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O que um psicanalista faz? (Parte 2)


Muitas pessoas costumam se perguntar: “Mas, afinal de contas, por que eu deveria desembolsar boa parte do meu salário em anos de terapia se eu tenho meus familiares e amigos com quem posso fazer o mesmo que faria com um terapeuta, isto é, conversar, sem precisar pagar nada?”.

A “conversa” que o paciente tem com seu terapeuta  difere de um desabafo para um amigo ou um bate-papo com algum familiar. Pois  o analista, diferentemente do seu amigo ou do seu cônjuge, não busca te compreender ou se por no seu lugar. Pelo contrário, para o analista você sempre será um enigma, um ponto de interrogação insuperável. E a intenção é boa, meu caro: é para que você também comece a se tornar um enigma para si mesmo.

O analista não vai compartilhar com você as suas delegações de responsabilidade. Um amigo preocupado em não te magoar até faria isso, mas o analista não. O analista quer saber o que te faz ficar nessa plácida posição de passividade, mesmo que você saia da sessão xingando até a última geração dele.

Pois bem, espero ter esclarecido que  uma análise não tem nada a ver com uma conversa normal, a não ser pelo fato de que são duas pessoas falando. E nem isso, pois amiúde apenas um fala – o que não significa que seja necessariamente o paciente…


CREME CARMELlTA

Ingredientes: 
1/2 litro de leite
4 gemas 
1/2 xícara (chá) de açúcar 
1 envelope de gelatina em pó, sem sabor 

Calda: 2 colheres (sopa) de açúcar 2 xícaras (chá) de creme chantily
Guarnição: 1 tablete de chocolate meio amargo picado 

1) Bata no liquidificador o leite com as gemas e o açúcar. Retire e leve ao fogo baixo mexendo sempre até engrossar. Junte então a gelatina amolecida em água fria e mexa até dissolver.
Retire e reserve.

2) Queime o açúcar, junte 1 xícara (chá) de água e mexa até que os grumos de dissolvam.
Despeje a calda sobre o creme, misture bem e deixe esfriar.
Acrescente 1 xícara (chá) de creme chantilly e misture levemente.
Passe para taças individuais e leve à geladeira por cerca de 1 hora.

3) Dissolva o chocolate em banho-maria.
Coloque no saco de confeitar com o bico perlê e decore as taças formando frisos em xadrez.
Ao redor, decore com o restante do creme chantíüy passando pelo bico pitanga.
Conserve na geladeira. Sirva com biscoitos champanha.
Preparo: 40 minutos Cozimento: 70 minutos Rendimento: 6 porções Sirva como sobremesa

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

MILK-SHAKE (Tradicionalíssimo)

Ingredientes: 
1/4 de litro de leite integral bem gelado 
1 bola grande de sorvete de creme ou baunilha
2 colheres (sopa) de xarope de groselha ou alguns dos seguintes ingredientes: 2 colheres (sopa) de 
xarope de framboesa 1 colher (sopa) de licor de menta 2 colheres (sopa) de calda caramelada 1 colher (sopa) de café solúvel.
 Acompanhamento: creme de chantilly 

1) Coloque no liquidificador o leite, o sorvete e o xarope de groselha (ou substituto, dependendo do sabor que queira dar ao milk-shake). Bata por cerca de 3 minutos. 
2) Sirva simples, ou acrescentando 1 colher (sopa) de creme chantilly. 

O que um psicanalista faz? Parte 1)


A pergunta que as pessoas costumam fazer é : - “Se alguém  se queixa de depressão, o que o psicanalista pode ajudar? Nós sabemos que se trata de uma conversa, mas o que se pode fazer  de fato?”. O exemplo da jovem deprimida serve apenas como ilustração pois, a dúvida é o que se faz  ao fazer psicanálise e psicoterapia.
Uma resposta bem simples seria dizer que a função do psicanalista sempre é de ajudar o paciente a identificar as razões de seu sofrimento, supondo que a ignorância das causas seja um dos fatores que causam e mantêm sua aflição. Obviamente, como os psicólogos, psicanalistas e psiquiatras sabem, não é essa a função primordial de um processo terapêutico. Levar o paciente a enxergar o que antes não era capaz talvez seja uma tarefa importantíssima da terapia, mas não a única.

Mas, voltando ao assunto e continuando....
Pergunta que nunca cala : - Quem busca psicoterapia ou psicanálise?
Resposta mais do que óbvia : Quem está sofrendo.....

Claro que, atualmente, alguns indivíduos de poder aquisitivo mais elevado têm recorrido à psicanálise ou outro tipo de tratamento não porque estejam sofrendo, mas porque querem ser mais felizes, isto é, não querem deixar de ter desprazer, mas sim de terem prazer a mais, o que é uma demanda perfeitamente legítima. No entanto, essa parcela de pessoas não representa nem 1% de toda a clientela.  Pois a maior parte das pessoas chegam  aos consultórios queixando-se de dores da alma, que limitam sua capacidade de usufruir de uma vida que desejam viver.
O pedido que chega aos psicanalista,  pode ser expresso a grosso modo da seguinte forma:
“Eu sou assim, mas não gosto de ser assim, pois acho que eu seria mais feliz sendo diferente, mas não consigo ser diferente. Portanto, espero que voce me ajude a ser diferente.”.
Na maior parte dos casos, há sempre algumas pessoas às quais o indivíduo (que busca psicanalise) atribui a culpa pelo seu estado atual infeliz: é o pai que nunca lhe deu muita atenção; o marido, grosseiro e irascível; a mãe que prefere a irmã a ela, enfim, a lista varia, mas há sempre um culpado por suas mazelas.
Evidentemente, não é preciso ser Freud para saber que essa atribuição de culpa é apenas uma estratégia empregada pelo doente para se livrar da responsabilidade por suas queixas, mas o detalhe é que, na maioria dos casos, o paciente não possui tal consciência.
Logo, quando alguém procura esse tratamento, além de sofrer, sentir-se limitado e querer ser diferente, essa pessoa espera que o psicanalista  legitime o seu sofrimento, compartilhando com ela da crença de que fulano de tal é o responsável por ela estar como está. Ou seja, o doente espera não só que o psicanalista  o torne diferente do que é, mas que também o compreenda no sentido de que reconheça que seu sofrimento é razoável e justificado.

Portanto, diante desse cenário, o que deve fazer o psicanalista?
 Escrever este texto tem me feito sentir uma sensação de estar “entregando o ouro para o bandido” no sentido de estar expondo de maneira acessível a qualquer pessoa o que numa psicanálise se encontra trancado a sete chaves na cabeça do analista. Não estou sozinha nessa inquietação: Freud também a sentiu ao escrever seus célebres artigos sobre técnica. E, como o mestre, prosseguirei nessa difícil tarefa de explicar o que faz um psicanalista..
Antes, porém, de dar seqüência a este escrito, gostaria de deixar claro que este post  se trata de um relato pessoal e não um discurso institucional sobre o que um psicanalista deve ou não fazer.

Feita tal ressalva, retornemos ao que de fato nos interessa.

Sejamos sintéticos: o analista não atende a tal demanda. O fato do  analista rejeitar a demanda por compreensão não significa dizer que ele seja alguém frio e insensível e que não se importa com o paciente. Não é nada disso. Não ser compreendido é justamente o que o doente necessita, ou seja, a postura “incompreensiva” do analista não é veneno, mas sim remédio.
Explico: é que a pessoa, quando resolve buscar a ajuda da psicanálise, já se compreendeu muito, já conseguiu estabelecer nexos causais para seu sofrimento e seu desejo mais imediato é apenas ter alguém que lhe diga: “Você está certa, eu te entendo, deve estar sendo muito difícil pra você enfrentar tudo isso.”. Metaforicamente, é como alguém que está numa poça de lama há muito tempo, de modo que já se acostumou com a sujeira, e agora seu desejo já não é mais o de sair da lama mas sim de arranjar um cúmplice que tope viver na lama consigo.
Se o analista atendesse a demanda de compreensão ele estaria encarnando esse companheiro.

Mas a função do psicanalista é outra: é justamente a de colocar em questão a vida na lama, dizendo: “Eu realmente não entendo porque você está há tanto tempo nessa poça”.
 É justamente ao ser confrontado com essa incompreensão que o paciente terá que se esforçar para fazer-se entender e tentar produzir um saber sobre aquilo que até então era óbvio.
É por isso que dificilmente um paciente ouvirá do analista uma resposta afirmativa a questões do tipo: “Ah, você sabe, né?”. Pelo contrário. Ao dizer “Não, eu não faço ideia” ou a perguntar: “Como assim?” a ideia é ajudar o paciente a chegar a um ponto tal que ele será capaz de discernir quão frágeis e tolas são as bases de sustentação do que até então lhe parecia tão sólido como justificativa de seu sofrimento, ou seja, o ponto em que ele perceberá que o saber que produziu é manco, constitucionalmente incompleto. Chegar a esse ponto costuma demorar anos de trabalho duro por parte do doente, justamente porque abdicar do peso das palavras ao mesmo tempo em que é libertador, é também desnorteante no sentido mais forte dessa palavra, isto é, o qualificativo de algo que provoca uma falta de direção, de norte.

A palavra compreensão comporta muitos sentidos, não apenas o de entendimento que está na base da demanda do paciente. Compreensão também pode ser pensada como sinônimo de acolhimento e é nesse e apenas nesse sentido que se poderia dizer que o psicanalista exerce compreensão. Todavia, levando em conta a confusão de significados, preferimos falar em acolhimento mesmo.
O analista acolhe. Acolhe a queixa, acolhe o sofrimento, acolhe o paciente. E acolher não significa pegar no colo, como muitos pensam. Acolher significa aceitar a demanda de ajuda como legítima, o sofrimento como real e se colocar à disposição para que o paciente efetue o seu trabalho de análise. Sim, porque quem de fato trabalha no sentido estrito da palavra é o paciente. A função do analista  é muito mais modesta; é de estar ali como uma presença que o incita a continuar, como um objeto que deve ser usado para que o trabalho seja concluído. O único desejo permitido aos  analistas terem  na análise, é o desejo de que a análise prossiga…