sábado, 24 de setembro de 2016

Psicanálise e neurociências


Resultado de imagem para Psicanálise e neurociências
Antes da descoberta da plasticidade do cérebro, acreditava-se que as sinapses formadas na infância permaneciam imutáveis pelo resto da vida, mas há indícios de que não é assim. Uma das grandes contribuições desta descoberta está o fato de que podemos continuar aprendendo ao longo da vida. Que nosso cérebro é capaz de continuar construindo novas sinapses e se regenerando, o que significa que não deixamos de aprender, que isso é possível até o fim da vida.
 Outro ponto bastante importante desta descoberta é que mais do que nunca, está provado que a aprendizagem é também gerada através das interações com o meio, como já previam importantes teóricos, como Vigostski, Piaget e Wallon.
É, portanto, nas interações com o meio que o cérebro se desenvolve, e é capaz de gerar novos aprendizados. E o aprendizado que estou falando aqui não é só o aprendizado formal, da escola, mas o aprendizado da vida, e sobre a vida.
 O termo plasticidade vem exatamente pela comparação do que acontece com o plástico, que quando aquecido, fica maleável e pode ser remodelado a qualquer novo formato, o qual será adotado quando voltar ao estado normal.
Em relação ao nosso cérebro, Isso significa, na prática, que ao longo da vida somos capazes de readaptar nossos aprendizados, de mudar nossos conceitos já arraigados, e de  ver as coisas de novas formas, porque nosso cérebro tem plasticidade, pode se regenerar e desenvolver novas sinapses, assumindo portanto novas formas.
 Deste ponto de vista, se treinarmos, podemos, qualquer um de nós nos adaptar e aprender coisas novas, principalmente através do treino, um condicionamento.
Desde que se proponha a mudar, é possível fazer isso, sim. Não estamos fadados a ser o que somos hoje para sempre. Para isso, é importante praticar, tentar fazer coisas diferentes do que fazemos habitualmente, afinal para que a plasticidade aconteça, o cérebro precisa estar aquecido, e só a partir daí é que será possível mudar. Então, exercitar o cérebro é fundamental, porque sem exercício ele ficará na zona de conforto e não se adaptará a novas atividades e habilidades.
 E como você pode fazer isso?
 Ler um livro diferente, fazer caminhos diferentes do que você habitualmente faz, ver um filme e produzir uma crítica sobre ele, estudar algo novo, aprender a tocar um novo instrumento, fazer uma atividade física diferenciada, que exija aprendizados novos de movimentos do corpo, como atividades aeróbicas, por exemplo.
Você pode também procurar alternar a mão com a qual  habitualmente come, mudar móveis de lugar é uma atitude muito simples, mas que faz com que seu cérebro precise se adaptar aos novos lugares, a refazer as rotas, enfim, são várias as pequenas mudanças que  podemos fazer e que podem contribuir significativamente para exercitar o cérebro, e gerar portanto plasticidade.

Em resumo, esta grande descoberta da neurociência contribui muito para nosso aprendizado ao longo da vida, o que pode nos tornar capazes de aprender algo novo, sempre. Um novo emprego, uma nova profissão, um novo estilo de vida, uma nova cidade para viver, enfim o que quer que seja, será possível, mas sempre com treino e exercício, para a aquisição de novas habilidades.

Já a psicanalise freudiana pareceu partir da teoria psíquica para o orgânico, e não o oposto,isto é, “[Freud] não tem o menor interesse pelo mecanismo fisiológico do sintoma físico, por exemplo, da tosse histérica, mas tão-somente pelo avesso psíquico-subjetivo-interior. Para ele, o sintoma, o ato falho, o sonho e todos os outros fatos de onde parte o método psicanalítico são como que desprovidos de carne objetiva, material”, segundo BAKHTIN (1)
Portanto, infelizmente, existe uma tendência que julga haver um antagonismo entre os progressos sobre o conhecimento do cérebro e a teoria psicanalítica de nossos dias, porém, os neurocientistas não podem mais deixar de lado as contribuições da ciência do inconsciente, assim como os psicanalistas não podem mais desprezar os desenvolvimentos dos conhecimentos das ciências cognitivas e das neurociências em geral.

Para a historiadora e psicanalista francesa  Elizabeth Roudinesco, na contracorrente do fascínio pela neurociência, em seu livro Por Que a Psicanálise?  escreveu  “É uma estupidez dizer que a psicanálise foi superada pela neurociência pela simples razão de que a psicanálise não é uma ciência a serviço da biologia. É uma filosofia da alma e de modo algum uma exploração do cérebro. É muito bom que os psicanalistas debatam com os neurocientistas, mas o que a neurociência chama de inconsciente não tem nada a ver com o inconsciente freudiano: eles falam de inconsciente cognitivo ou neural ou de plasticidade cerebral. A psicanálise é uma terapia da alma, uma ciência humana e racional, não uma disciplina obscurantista e mágica. A psicanálise não conhece a noção de “progresso” e, por isso, não concorre com as ciências do cérebro. Por exemplo: se você quiser tratar uma doença da pele, não adiantará de nada abrir um livro do século XVI sobre o assunto. Você correrá o risco de morrer. É melhor consultar um dermatologista que vai curá-lo e que, principalmente, não recorrerá a manuais de ciência do século XVI. Mas, se você quiser pensar a política ou a filosofia de modo inteligente, é imperativo ler as obras de Maquiavel, Spinoza ou Kant. É a mesma coisa com a psicanálise. Para compreender o inconsciente, é melhor ler Freud e outros pensadores do que abrir um manual de ciência.”

Por outro lado,  para o neurocientista Ivan Izquierdo, conforme entrevista concedida à Folha de São Paulo em 18/06/2016 “a psicanalise foi superada pelos estudos de neurociencia e funciona hoje como mero exercício estético.”


Conclusão
A psicanálise contribuiu e contribui cada vez mais para compreensão dos disturbios e tratamentos da mente humana e os neurocientistas não podem ignorar as contribuições da ciência do inconsciente. Por outro lado, as neurociências vêm confirmando inúmeros postulados psicanalíticos modernos, no estudo das funções cerebrais mais diferenciadas, sendo assim, os psicanalistas não podem desprezar os desenvolvimentos dos conhecimentos das ciências cognitivas e das neurociências em geral.
Importante ressaltar que  é no trabalho analítico  que se revela a percepção das mais sensíveis do jogo transferência-contratransferência. Na experiência emocional recíproca, o paciente evolui reavaliando suas vivências e o mesmo se dá com o analista, conforme vai percebendo como suas reações emocionais determinam e condicionam as do paciente. E com isso, o próprio analista evolui, não só como profissional, mas também como pessoa. Na psicanalise é  trabalhado um interjogo emocional profundamente humano entre duas pessoas, sem necessitar do jargão específico de qualquer das "escolas" psicanalíticas existentes. Aliás, em psicanálise, muitas vezes o mesmo termo é conceituado de várias maneiras por diferentes analistas, o que impede freqüentemente qualquer discussão criativa.
Finalizo citando as palavras do autor italiano Ferro (1996) (2): "Acredito que como analistas deveríamos mostrar, cada vez mais, para além das teorizações, aquilo que fazemos e como fazemos, na concretude da sessão". Aliás palavras muito semelhantes às de Bion (1973, 1974), em vários dos seus escritos e conferências, muitas das quais pronunciadas em São Paulo e Rio de Janeiro, tais como: "Na psicanálise, duas pessoas ousam se perguntar sobre coisas esquecidas e ignoradas, devendo ao mesmo tempo viver no presente, disso resulta ambas ficarem mais fortes mentalmente".
Bibliografia:
(1) BAKHTIN, M. O freudismo: um esboço crítico. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Perspectiva, 2007. p.96.
(2) FERRO, A. - Antonino Ferro em São Paulo. Publicação da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, 1996.
Sites :
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/06/1783036-estudos-de-neurociencia-superaram-a-psicanalise-diz-pesquisador-brasileiro.shtml  http://ebp.org.br/wpcontent/uploads/2012/08/Marcio_Peter_Psicanalise_e_neurociencias1.pdf
http://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/41928
http://www.nnce.org/Arquivos/Artigos/2005/winograd_etal_2005.02.pdf

domingo, 18 de setembro de 2016

Avatar – o filme e seu simbolismo

Analise sobre a influencia psíquica de um conto de fada sobre nossa sociedade

Avatar – o filme e seu simbolismo

Avatar conta a trajetória de Jake Sully, um soldado da marinha que aceita o desafio de ocupar o lugar de seu irmão gêmeo (morto), no programa Avatar.
O Ano é 2154 e se passa numa lua que se chama Pandora, que orbita o planeta Polyphemus (ficção) no sistema de Alpha Centauri; detalhe, ele é paraplégico.
Em Pandora os humanos estabeleceram pequena base militar e cientifica com o intento de obter um valioso minérioUnobtanium, rica fonte de energia. Como Pandora é um mundo com atmosfera imprópria para os humanos, foi criado corpos chamados Avatares, mistura de DNA humano com DNA dos nativos Na’vis, com o objetivo de, por um lado, amistosamente retirar os nativos de sua área, ou, por outro lado, se misturar e aprender os costumes dos nativos e verificar seu ponto fraco, visto que o território dos nativos se localiza acima da maior reserva do mineral precioso.
Já no inicio do filme, Avatar mostra a que veio e conta a história da transcendência da consciência; do processo iniciático ou de individuação do masculino. Desde quando Jake desperta da hibernação e fala do sonho, e sobre a liberdade de voar, e diz; “mas sempre temos que despertar (acordar) para a realidade”.
Avatar fala do limitado estado de consciência num corpo humano ao aprendizado de ampliar os limites num novo estado de ser, num novo corpo, corpo este apropriado para a nova experiência. A imagem de viagem a terras desconhecidas é um símbolo do processo de individuação, portanto é aqui que Jake inicia seu processo.
Jake era irmão gêmeo de um cientista, este sim fazia parte do projeto Avatar, mas morto, Jake foi convidado a tomar o seu lugar.
Os gêmeos simbolizam a dualidade e se constituem por vezes numa imagem análoga a encruzilhada, normalmente na mitologia eles encontram-se como uma representação do arquétipo da sombra, onde um sempre possui as características que faltam ao outro.
E no caso de Jake, por seu irmão já estar morto, bem como por todo o processo de Jake ser paraplégico e ainda ir realizar a parte de seu irmão, se deduz que ele já ultrapassou esta encruzilhada do confronto com sua sombra pessoal. Pois, aleijado ou aleijão nos mitos sempre são visto como sendo seres de grande sabedoria cujas deformidade aparecem como sinal de iniciação. Tendo sua imagem defeituosa vinculada a dos heróis e a das pessoas que possuem um destino incomum. Lembrando que essa característica parece ser o resultado de uma necessidade de sobrepujar a deformidade física.
Os ferreiros, assim como os carpinteiros nos mitos, quase sempre aparecem retratados na imagem de aleijões.
O filme me lembrou muitas coisas, mas nada de fantasia, só coisas muito sérias e reais e que acontecem todos os dias, estão acontecendo agora, na sociedade dos homens…
Apesar de ser ainda um conto de fadas, é desses que calam fundo na realidade anímica que sustenta nossas vidas – mesmo que a maioria não se dê conta, é essa realidade anímica a que sustenta suas vidas.
O filme fala muito à contemporaneidade, fala do mito que está nos rondando mais de próximo e pedindo para ser vivido, para ser cultuado… fala da volta de Gaia.
Isso é real e não há nada de fantasioso nessa encruzilhada [ecológica] que o tempo nos coloca, ou que nós próprios nela nos colocamos – porque o hoje é sempre fruto do ontem e semente do amanhã…
E hoje é patente que somos todos convocados a decidir entre um tipo de vida sustentável, conscientes do ecossistema fechado e limitado que fazemos parte, ou inconscientes do fato, continuando a agir como se o planeta Terra fosse infinito e pudéssemos tudo…
Estamos nessa encruzilhada, e a imagem do momento que vivemos é dramática por si só sem precisar que a exageremos. Pois as consequências para o futuro das decisões que estamos tomando agora, são graves ao ponto de determinar, não qual futuro teremos, mas se teremos futuro…
Dizem que essa é a última geração de homens que ainda pode decidir que estilo de vida quer levar, porque a próxima, não terá escolha… E é bem assim que eu acredito que é e percebo que estamos nesse limiar…
Eu lembrei de meu pai que era era kardecista e, ponderado, costumava repetir uma sabedoria espirita que aprendeu com meu avo: a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória…
Pois é isso, só colhemos o que plantamos, essa é a verdade mais crua, seja numa plantação na roça ou na vida cotidiana.
O momento histórico que vivemos é então o limiar para o sonho ou o pesadelo, é desses momentos raros e dicotômicos que são marcos históricos e assinalam a passagem de um paradigma a outro…
Mas para onde nós estamos indo? E não se trata de fantasia, Avatar trata de toda a grave realidade que estamos vivendo e para onde estamos nos dirigindo…
A mensagem do filme, para mim.é que precisamos semear amor (inclusive amor a Gaia). Penso que fala da necessidade de preservação do meio ambiente, dos nossos valores morais, etc para termos vida em abundância, vida a se colher e desfrutar no presente com fartura…
Lembrei de Freud e de Melanie Klein, do Eros, pulsão de vida em Freud, e do sentimento de gratidão do bebe em Klein: essas forças que do mais íntimo psiquismo [da alma] do homem o redimem e salvam da aniquilação…
Claro tambem existe força contrária no binômio psicanalítico, da pulsão de morte, ou da inveja do seio, do pênis, do útero, da inveja enfim, a qualquer coisa que tenha ou doe vida.
É essa inveja da vida que engendra as mortes bestas. É sempre a maledicência a que assassina, desagrega e diminui a vida… e acaba com o outro, não para possuí-lo ou ter mais para si, mas para profanar a vida e retirar do outro o que tem e para que ele fique sem nada.
A maledicência que mora no coração do homem, tanto quanto a caridade, e é sempre uma escolha do homem servir a uma ou outra senhora.
Eu acho que é sempre muito emocionante saber que não estamos sozinhos nesse anseio por vida, que outros se preocupam tanto com essas questões ao ponto de fazerem delas o motor de suas vidas. E para mim não há nada mais importante ou grandioso que dedicação a essa causa. Sempre atenta a essas questões, é o meu modo de servir à Grande Sabedoria, ou Gaia, ou Ei-we, ou sei lá que nome possa ter esse espírito, que para mim é o sentimento pulsante das vidas interligadas. E o filme passa essa mensagem de modo sublime…
Tantos já serviram a essa causa, anônimos e expoentes, pecadores e santos, alguns de modo mais inequívoco e corajoso, e outros, como eu, vão como podem, aos trancos e barrancos mesmo…


Somos em geral muito imperfeitos e inconscientes, pensando em fazer o bem, fazemos às vezes o contrário… Muitas vezes nem é por nossa culpa, é o sistema que nos subverte, usa a nossa força em seu favor e deturpa a nossa palavra, a nossa ação… porque é da natureza da morte subverter a vida.
Mas não vamos esquecer de considerar que são as nossas atitudes dúbias o que mais alimenta o sistema e o mantém vivo, aliás, sem nós, ele não existiria…
Fiquei pensando no paradoxo que é a vida… Frágil como ela só, num segundo se apaga, basta um golpe, como o que recebeu o irmão do protagonista e que nós nem chegamos a conhecer: por um nada, um tiro de alguém que queria apenas os trocados que ele carregava no bolso…
Essa gratuidade da vida e ao mesmo tempo como ela é perene e difícil de ser destruída…
É bem uma conta matemática de pulsões psicanalíticas a ser deduzida: se houvesse mais pulsão de morte do que de vida, já estaríamos todos mortos… então, enquanto há vida, há esperança…
A solução é percebermos que estamos todos juntos no mesmo barco, ou nos afundamos todos ou fazemos juntos a travessia…
Vivemos nessa selva, nossas cidades são a lua de Pandora onde mora o povo Na’vi , com a desvantagem para nós que lá a vida é natural e bem-vinda. Nós, que nos julgamos metropolitanos e civilizados, achamos que deixamos para trás a vida desregrada e o perigo de ser devorado por alguma fera, quando na verdade nos transformamos nós as feras uns dos outros… Se a gente olhar com cuidado, para as nossas cidades, vamos ver o quão hostil elas são, é a mesma luta renhida por espaço e comida da cadeia alimentar onde o mais forte come mais e melhor, etc. etc.
Assistindo Avatar me passaram coisas muito sérias pela cabeça : tudo é muito real e nada romântico, está acontecendo agora em Avatar e em nossa sociedade….... Avatar é um conto de fadas que nos leva a pensar holístico sob as coisas, será que seria muito exagerado de minha parte afirmar que, ou aprendemos a amar tudo o que nos rodeia e a pensar holisticamente, ou então, estaremos todos fadados à extinção?




Bibliografia

  1. MILLER DE PAIVA, L. e outros. Séculos XX e XXI – O que permanece e o que se transforma (Atualização em psicoterapia e psicossomática. SP. 2000.
  2. ANZIE, D.O grupo e o inconsciente. Casa do Psicologo. SP. 1993.
  3. BUNNEL, L. O Anjo Exterminador, apud Kaes op. Cit., p.100

domingo, 11 de setembro de 2016

Reiki e afins: DIÁLOGO COM O EXU

Reiki e afins: DIÁLOGO COM O EXU: Esse é o primeiro texto que posto sobre a Umbanda  por conta do meu desconhecimento do assunto. E o fato dela ser uma religião muito fec...

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

VELHOS HÁBITOS NOVAS SOLUÇOES


Para poder refutar as visões equivocadas que temos de nós mesmos, das pessoas à nossa volta e das situações de nosso contexto, é preciso se preparar. A conclusão dessa preparação é nidhidhyasanam, a contemplação sobre aquilo que já se conhece, principalmente, sobre si próprio. É preciso abrir minha mente, de maneira que as velhas crenças dêem lugar a uma nova compreensão sobre mim mesmo = auto analise; autoconhecimento. Esse é um processo que acontece, por exemplo, quando se contempla ou visualiza o antahkarana, {símbolo de cura e representa a parte espiritual do homem} que deve ser utilizado adequadamente.
Anadi durvāsana: não existe início para as vāsanās, os desejos subconscientes que dão corpo aos pensamentos. Por exemplo, no grande épico Mahābarata, onde temos estudado o Gita na turma de Yoga às 21hs, o príncipe Duryodhana sabe que o que está fazendo é errado, mas não consegue parar. Ele diz: “Tem um poder dentro de mim que me impede de agir de modo correto e me impulsiona à ação errada”.
Esta força que não está só em Duryodhana, mas em cada um de nós, é extremadamente poderosa, e está enraizada no samskāra, nos impulsos inconscientes que regem os desejos e ações decorrentes.