Eu recebo comovida
Este livro precioso
O primeiro em minha
vida!
(versinho recitado aos 7 anos (1967) ao receber a cartilha de
alfabetização“Caminho Suave” das mãos
da minha primeira professora D. Leonor Guerreiro Januzzi na Escola Rodrigues Alves de Mogi Mirim-SP)
Hoje eu não me conformo com
isso, pois antes mesmo de ser alfabetizada, a primeira lição da cartilha
deveria ter sido as lições básicas de sobrevivência de qualquer ser humano! Que
pena que precisei viver meio século para descobrir como ser feliz! Antes da
cartilha deviam dar um manual de sobrevivência e também de como ser feliz nesse
mundo conturbado, com os valores todos invertidos. Será que os adultos, os
professores não tem idéia de como uma criança não tem a mínima noção das
batalhas que terá que enfrentar? É como se nos mandassem para uma guerra mas
esquecem de nos fornecer qualquer arma ao menos de defesa.
Antes de saber ler ou
escrever toda criança deveria saber que a felicidade não é um presente de Deus,
é uma conquista de todo dia. Mesmo no pré-primário as professoras deveriam
insistir na lição de que a felicidade nasce justamente das lutas de cada dia e
que assim não podemos esperar que a felicidade “caia do céu”, mas ao contrario,
temos que busca-la, lutar muito, batalhar por ela, porque todos, absolutamente
TODOS, merecem ser feliz.
Já que a repetição é mãe da
aprendizagem, antes de ficarmos decorando o abecedário, as professoras deveriam
repetir diariamente as seguintes dicas básicas de sobrevivência:
- A ausência do auto-amor, cria
no intimo uma excessiva dependência do amor alheio e esse é um dos grandes
motivos de tropeços em nossa caminhada por aqui.
- Buscar o aplauso das
pessoas, ao longo do tempo, vicia, escravizando a pessoa na auto-imagem
exacerbada que se faz de si mesmo;
-.Preocupações não nos servem
de nada alem de nos manter presos aos nossos fantasmas.
- O maior investimento que
podemos fazer na vida é investir em nós mesmo, no nosso bem estar, pois a
pessoa mais importante da nossa vida somos nós, pois só nós ‘ podemos nos
ajudar a qualquer momento.
Outra assunto que deveria ser
obrigatório no curso básico é a correta elaboração de indagações inteligentes que
realmente colaborem na conquista da felicidade, p.ex:
- Por que o
sofrimento em minha vida?
-O que Deus
deseja que eu aprenda com esta dor?
Só assim chegaremos a uma
conclusão inteligente e consoladora, pois não chegaremos a lugar algum se ficarmos
nos debatendo no eterno e improdutivo – Por que eu sofro?
- Por que a ingratidão alheia tem me
provocado tanta dor?
E nunca se perguntar –
- O que eu fiz para merecer tanta
ingratidão?
Só os orgulhosos sofrem com a
ingratidão, então temos mesmo é focar em como dominar o nosso ego.
Trocar o pensamento incorreto:
– Por que tenho que passar por esta experiência?
Pelo questionamento realmente produtivo:
-
Que proveito eu posso tirar das experiências dolorosas?
Enquanto não aprendemos a ser
resignado diante da dor não percebemos que elas servem pra lapidar nosso espírito.
E por ultimo, deveriam
ensinar a corrigir aquela pergunta idiota que insistimos sempre em nos fazer: Por
que Deus não me proporciona a felicidade ? – Pela questão realmente
correta que é:
- O que devo modificar em minha vida
para conquistar a felicidade?
Enquanto permanecemos na
expectativa de que é Deus quem vai nos ofertar a felicidade como uma premiação,
permanecemos inertes, sem tentar conquista-la.
Muitas e muitas pessoas
passam a vida toda elaborando incorretamente estas questões tolas e o resultado
para elas é sempre o mesmo: além de infelizes, tornam-se revoltadas. Rebelam-se
por não terem as respostas que desejam. Mas como obter respostas sábias elaborando
questões tão medíocres?
Hoje, depois de 50 anos para
aprender o básico, eu gostaria de ter recitado:
Neste dia tão bonito
Eu recebo comovida
Este manual de sobrevivência precioso
O salvador da minha vida!
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