segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ARQUETIPO 18. A CAVERNA: LUTA COM O EGO

Entre no seu íntimo, no seu inconsciente mais profundo. Entre de boa vontade nas regiões escuras do seu interior e seja absolutamente honesto. Leve essas partes de si mesmo à luz onde você possa vê-las com nitidez. 

Nas culturas antigas, a caverna era um lugar sagrado de iniciação, representando a habitação dos espíritos que regiam a imaginação antes da invenção dos alfabetos. A caverna é um centro cósmico e, também, o princípio yin feminino, interno e oculto, dentro da montanha. A caverna é um útero, cálido, escuro,
reconfortante. Ela representa o inconsciente ou a entrada para o mundo inferior. A caverna simboliza o lugar de retiro espiritual em que deve haver uma união do ego com a alma e um encontro do Divino com o humano.

Existe uma sabedoria antiga guardada nas cavernas do inconsciente, mas para chegar a ela precisamos passar por um processo de iniciação. entrando na caverna secreta por um labirinto ou passagem perigosa. Passar pela caverna, como atravessar o torii, representa uma mudança de estado. uma mudança de consciência.

No trabalho com o Reíki Arquetípico. a caverna simboliza um lugar de entrada, um lugar nas profundezas do ventre da terra. Um lugar por onde descemos para a escuridão. Na escuridão, encontramos a nossa sombra, a parte da nossa personalidade que não aceitamos. A luta do nosso Eu Superior com a nossa Sombra acontece na caverna. É aí que reunimos ego e alma para criar uma nova sinergia que trabalha para nosso crescimento espiritual. Para sermos saudáveis, tanto a sombra do ego quanto a luz da alma precisam ser aceitas e estar em equilíbrio.
Neste arquétipo, estão duas polaridades opostas: humildade  e controle do ego. Se vivemos na extrema humildade do continuum,  podemos nos tornar capachos para os que precisam pisar sobre os outros, aproveitar-se da bondade alheia. Devemos ser firmes em questões que são importantes para nós, pois, se formos humildes demais durante a maior parte do tempo, teremos problemas. Devemos permitir que o ego trabalhe de modo saudável.
Precisamos estabelecer limites para o comportamento dos outros.

Na outra extremidade do continuum, se tivermos controle do ego em excesso, tornamo-nos rígidos e exigentes com nós mesmos e com os outros. Se tivermos muito controle do ego, significa que estamos fechados a qualquer coisa ou a qualquer pessoa que não conseguimos entender com a mente racional.

SE TIRAR ESSA CARTA, isso significa que você deve entrar em si mesmo, no seu inconsciente profundo. Você está sendo solicitado a entrar nas regiões escuras dentro de si mesmo e a ser absolutamente honesto. Leve essas partes de si mesmo à luz onde possa vê-las.

Se a carta estiver na POSiÇÃO CORRETA, sua tendência é ter humildade espiritual. Talvez você precise cuidar para que as outras pessoas não se aproveitem do seu bom coração - ou do seu medo.

Se a carta estiver INVERTIDA, sua tendência é para o controle do ego. Você precisa precaver-se para que a sua necessidade de controlar os outros não prejudique a você nem a eles. Esteja atento também à sua propensão a impor-se controles muito rígidos e que lhe são prejudiciais. Relaxe e acalme-se!

EXERCíCIO: Escreva sobre as três coisas que mais detêm o seu progresso espiritual. Se o seu ego interferir, descreva o que você entende por "ego". Se você for perturbado por preocupações terrenas,
descreva o que o perturba e como você fica perturbado. Se você tem a impressão de ser "indolente", descreva o que é ·isso, como essa impressão se apresenta e como ela dificulta a sua evolução.

AFIRME, sentindo: "Ao entrar na caverna do meu ser mais profun­do, que eu tenha disposição para enfrentar a minha escuridão [dê nome à área que mais o incomoda], para que eu possa receber a
iluminação espiritual e subir a montanha."


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