terça-feira, 24 de janeiro de 2017

MEDITAÇÃO DA CAVERNA

Você está na última etapa de sua longa jornada até o seu Eu Superior. O mundo exterior o esteve mantendo como refém durante muitos anos. Você tomou várias medidas para se livrar dessa carga. Você entrou no espaço sagrado cruzando o torii; esteve debaixo da cachoeira mágica e foi purificado; foi iniciado numa vida espiritual com o alento do dragão. Ainda assim, alguma coisa o oprime e pesa no seu coração e na sua alma. 
Quando recebeu o alento do dragão e andou sobre suas costas, você sentiu o "sabor" do poder. E esse poder chegou a você. Ele entrou na sua psique, num lugar habitado pelo ego. Sem dúvida nenhuma! Apesar de todos os seus cuidados, você se envolveu numa luta de poder com outra pessoa, ou consigo mesmo. 
Você sabe que seu ego-sombra está novamente em ação . 

• Você vai até a montanha sagrada. No sopé, você se depara com um labirinto que parece perigoso. Há muitas curvas nele, muitas passagens escuras com vegetação rasteira e sem um único raio de sol. Você não consegue ver outra maneira de entrar na caverna que, você sabe intuitivamente, está no final do labirinto . 

• Você se preparou bem: ingeriu alimentos saudáveis, crus, naturais; exercitou o corpo até deixá-lo forte e resistente; rezou muito no seu templo particular; vestiu as vestes cerimoniais próprias para uma ocasião assim. 

• Você se despe e unge o corpo com óleo e com a terra vermelha sagrada da base da montanha. Você jejua e medita durante dois dias e três noites. Na manhã do terceiro dia, sua orientação interior lhe diz que você está pronto. Você invoca seus espíritos guias e os mestres de Reiki para que eles o ajudem a entrar no 
labirinto. 

• Durante dez dias, você se desloca pelo labirinto escuro e perigoso, à procura da caverna onde você deve realizar seu trabalho. Finalmente, você chega à saída do labirinto e se vê diante da caverna onde o seu Eu Superior deve integrar o seu ego e a sua alma, o lugar onde se desenrola a batalha pela sua alma. 

• Você entra nas profundezas da caverna, com os guias a seu lado. Você enfrenta o seu ego, o seu intelecto com seus estridentes "eu quero", "eu preciso", "me dá", "me dá agora", e com suas conclusões lógicas, que não fazem absolutamente nenhum sentido intuitivo. O ego se debate com a sua alma poética, fazen­do de tudo para manter o controle. Também a sua intuição não faz sentido para o ego. É preciso que haja um compromisso! O ego se engalfinha com a alma. Nessa luta pela sua vida, eles se debatem, caem e levantam, avançam e recuam . 

• As sombras se movimentam pelas paredes da caverna. Luz e es­curidão, luz e escuridão. Finalmente, o ego e a alma se abra­çam, dizendo: "Bom trabalho! Ótimo! Entendo o que você quer dizer!" 

• Então, juntos, eles dançam a dança da vida. 

• Está terminado! Você conquistou a sua alma! Alegre-se e agra­deça! 

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