Este não é um simples livro de reprogramação mental, tão em voga nos dias atuais, com segredos mágicos para mudar de vida e atrair fortunas com a força do pensamento. Aqui, o autor aponta um outro caminho: a via da consciência, uma faculdade da alma humana, bastante desconhecida e inexplorada. Nesta obra, o Mestre Samael Aun Weor nos demonstra um grande paradigma da espécie humana: Cada ser humano é o único responsável por tudo que lhe acontece na vida. Os acontecimentos normais da vida seguem a Lei do Karma, que é modificável e está diretamente ligado à prática de determinadas condutas retas. Para atrair as coisas positivas da vida e repelir ou atenuar os acontecimentos desagradáveis, ensina o autor que é preciso disciplinar a mente, corrigir determinados hábitos mentais e viver segundo a lei não escrita, a regra de ouro: Faça aos demais o que quer que os outros façam a ti, ou ainda, não faça aos outros o que não desejas que seja feito a ti. O novo milênio é chegado, e uma nova forma de pensar, sentir e agir torna-se necessária. Harmonizar-se com as leis da nova era pode não ser tão fácil como parece; mas a questão fundamental é aprender uma nova forma de viver e de conviver. Superar o antigo e absorver o novo, como filosofia de vida, é bastante atraente. Mas bem poucos, de fato, praticam essas regras simples, que transformam nossa vida e nos levam da superficialidade aos níveis profundos de nosso Ser.
Estados Equivocados
Inquestionavelmente, na rigorosa observação do Mim Mesmo, resulta inadiável fazer uma completa diferenciação lógica entre os acontecimentos exteriores da vida prática e os estados íntimos da consciência.
Necessitamos, com urgência, saber onde estamos situados em um dado momento, tanto em relação ao estado íntimo da consciência como à natureza específica do acontecimento exterior que nos está sucedendo.
A vida, em si mesma, é uma série de acontecimentos que se processam através do tempo e do espaço...
Alguém disse: "A vida é uma cadeia de martírios que o homem leva enredada na Alma..."
Cada um tem liberdade de pensar como quiser; eu creio que aos efêmeros prazeres de um instante fugaz sucedem sempre o desencanto e a amargura...
Cada acontecimento tem seu sabor característico especial, e os estados interiores são também de diversos tipos; isto é irrefutável...
Certamente, o trabalho interior sobre si mesmo se refere aos diversos estados psicológicos da consciência...
Ninguém poderia negar que carregamos, em nosso interior, muitos erros, e que existem estados equivocados...
Se realmente queremos mudar, necessitamos, com urgência máxima e inadiável, modificar radicalmente esses estados equivocados da consciência...
A modificação absoluta dos estados equivocados origina transformações completas no terreno da vida prática.
Quando alguém trabalha seriamente sobre os estados equivocados, obviamente os acontecimentos desagradáveis da vida já não podem feri−lo tão facilmente...
Estamos dizendo algo que só é possível compreender vivenciando−o, sentindo−o realmente no próprio terreno dos fatos...
Quem não trabalha sobre si mesmo é sempre vítima das circunstâncias; é como um mísero pedaço de madeira entre as águas tormentosas do oceano...
Os acontecimentos mudam incessantemente em suas múltiplas combinações, vêm um após outro em ondas; são influências...
Certamente existem bons e maus acontecimentos; alguns eventos serão melhores ou piores que outros...
Modificar certos eventos é possível; alterar resultados, modificar situações, etc., está certamente dentro das possibilidades.
Mas existem, de fato, situações que não podem ser alteradas. Nestes últimos casos, devem ser aceitas conscientemente, ainda que algumas sejam muito dolorosas e até perigosas...
Inquestionavelmente, a dor desaparece quando não nos identificamos com o problema que se apresentou...
Devemos considerar a vida como uma série sucessiva de estados interiores; uma história autêntica de nossa vida em particular está formada por todos esses estados...
Ao revisar a totalidade de nossa própria existência, podemos verificar por nós mesmos, de forma direta, que muitas situações desagradáveis foram possíveis graças a estados interiores equivocados...
Alexandre o Grande, ainda que sempre tenha sido temperado por natureza, se entregou por orgulho aos excessos que lhe produziram a morte...
Francisco I morreu por causa de um adultério sujo e abominável, que a história ainda recorda muito bem...
Quando Marat foi assassinado por uma monja perversa, morria de orgulho e inveja e acreditava−se absolutamente justo...
As damas do Parque dos Servos, inquestionavelmente, acabaram totalmente com a vitalidade do espantoso fornicário chamado Luiz XV.
Muitas são as pessoas que morrem por ambição, ira ou ciúmes; isto o sabem muito bem os psicólogos...
Quando nossa vontade se confirma irrevogavelmente em uma tendência absurda, nos convertemos em candidatos ao cemitério.
Otelo, devido aos ciúmes, se converteu em assassino, e a prisão está cheia de equivocados sinceros...
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