quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Quem quer ser protagonista de seu próprio enredo?

Há uma onda sintomática na sociedade e parece se enveredar pela “vitimização”, ou a “terceirização de responsabilidades individuais”. Estaríamos vivendo a era da “terceirização” da existência?
Como fazer para as pessoas tomarem as rédeas de sua própria vida e tornarem-se sujeitos de suas próprias histórias e não reféns de externalidades ou do Outro? Afinal, quem quer ser protagonista de seu próprio enredo? Observado casos estritamente passionais, os indivíduos se atolam em relacionamentos patológicos e não assumem suas devidas responsabilidades. 
 A situação é tão neurótica e, algumas  relações, desde a mera amizade até a sexual, criam uma lógica de distanciamento do outro, terceirizando experiências, sensações e sublimando responsabilidades. Assim é fácil, cada um faz suas presepadas e culpa o outro (um elemento ou a toda a sociedade) por sua baixa maturidade existencial e suas escolhas infelizes.
Naturalmente, não se deve buscar culpados ou caçar bruxas imaginárias e, por sua vez, não seria prudente culpar os indivíduos por suas escolhas (isto seria uma bobagem inquisitória e inútil!). 
 Aliás, culpar o Outro é sempre o mais fácil! Pois  o Outro é tanto o culpado como também um guia do destino do próprio “Eu”  e assim, caminhamos para uma encruzilhada perigosa e a história já cansou de mostrar como é o final deste enredo.

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