quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O Eu, o Outro e a terceirização existencial

espelho1Quando refletimos sobre a condição humana e reconhecemos que estamos todos "no mesmo barco" perdemos o direito de reivindicar mais para nós!
Pessoas com mais maturidade emocional buscam soluções para suas sensações de carência e desamparo que não onerem seus parentes, parceiros...
Não creio que caiba uma postura pessimista ao perceber que a condição humana envolve dores inevitáveis: elas são um estímulo para a evolução.
Penso que se nos sentíssemos completos e em harmonia não existiria o amor, nossos vínculos seriam precários e estaríamos na idade da pedra.
Ao invés de me lamentar, penso cada vez mais no quão fascinante é a vida: temos enormes desafios e cabe a cada um dar resposta aos dilemas.
Não é bom terceirizar os dilemas existenciais: ou seja, tentar se encostar em alguém para que eles resolvam nossas carências e dificuldades.
Buscar um parceiro para, juntos, lidarmos com os problemas da vida é enriquecedor. Buscar alguém para nos carregar nas costas é imaturidade.
Fonte : Flavio Gikovate

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