domingo, 21 de julho de 2013

Apaixonar-se pela pessoa errada

Após uma relação amorosa dolorosa e estressante, nossas necessidades emocionais podem ser tão urgente que nos apegamos rapidamente a qualquer pessoa a qual acreditamos poder nos satisfazer emocionalmente e assim curar as feridas da nossa alma. Porém essa atitude quase sempre nos traz novos relacionamentos, mas juntos deste também chegam os mesmos e antigos sofrimentos.
Vejamos então o circulo vicioso que normalmente nos aprisiona:
  • um breve período de solteirice acompanhado por um sentimento de solidão e tristeza, durante a qual nos sentimos como se estivéssemos correndo no vazio emocional e... de repente damos...
  • um salto muito precipitado em uma relação intensa com um amante que nos faz sentir em uma montanha-russa emocional, mas muito em breve começamos a sentir...
  • a frustração de não conseguir satisfazer nossas necessidades mais profundas neste relacionamento impróprio e mal-correspondido, e como resultado dessa frustração passamos a sentir uma gigantesca...
  • fome e exaustão  psíquica... que resultam em....
  • um drama doloroso e confuso... que finalmente termina em...
  • outro breve período de solteirice, ou talvez um novo relacionamento com pessoas inadequadas e impróprias apenas para evitar a dor do vazio de ser único, mas que também está fadado a falhar devido à confusa bagagem emocional trazida dos relacionamentos anteriores.
Correndo de um relacionamento intenso e sem futuro para outro é como beber água do mar: tão, tão, tão difícil resistir quando se está com sede, mas que causa muito mais sede ...

Então pare e de um tempo para refletir sobre seus relacionamento:
O pai da psicanálise, Sigmund Freud, disse que estar apaixonado é estar muito mais próximo da insanidade do que da razão. Então se necessário procure um profissional, pois a terapia ajuda a identificar as causas do vínculo destrutivo além de direcionar e instrumentalizar a pessoa a melhorar seu padrão relacional.
Lembrando que historicamente, as mulheres são mais propensas a submeter-se a dor e ao desprazer. E isso se dá por questões culturais enraizadas e ainda pela interligação entre dependência amorosa e financeira.
Já os homens, de um modo geral, são mais concretos, menos ligados a sentimentos, mas há uma minoria que se alimenta de relações doentias, isto é, geralmente com histórico familiar disfuncional, que se tornam viciadas no sofrimento, engendram e não conseguem sair do ciclo destrutivo.
Como reconhecer um homem destrutivo?
O homem destrutivo abusa da simulação, da mentira, tende a culpar sempre os outros por suas desventuras, possui um comportamento pouco consistente com oscilações de humor e vícios.
Qual perfil de mulher costuma aceitar este tipo de relação?
Em geral, são mulheres com baixa autoestima, com tendência à depressão, aquelas que sofreram recorrentes decepções amorosas ou ainda que tiveram ausência ou modelo disfuncional de pai ou até mesmo uma infância traumática.
O medo de perder o parceiro é um dos principais sintomas para se envolver em relações doentias?
O medo de ficar sozinha, de ver o parceiro com outra pessoa, de não conseguir ter um novo amor ou ainda de não suportar a dor da perda são alguns dos sintomas para elas se envolverem ou permanecerem em relações doentias.  Algumas mulheres carregam um vazio interior tão profundo que não conseguem buscar forças em si mesmas. Muitas vezes, refletir sobre a existência é algo tão doloroso que elas acabam projetando no outro toda a responsabilidade por sua felicidade.
Pessoas destrutivas podem mudar?
A pessoa tem que enxergar e assumir seus defeitos, o que, em alguns casos, é dificílimo. A disponibilidade emocional para a mudança tem que partir da própria pessoa e, ainda assim, pode ser um processo longo. Padrões arraigados têm força enorme sobre o ser humano. A tendência para a repetição é inerente à existência e lutar contra ela requer muita força de vontade e trabalho terapêutico.

A única solução é sair dessa relação?
O ideal é sair dessa relação e cortar vínculos. Quando se tenta 'desmamar' da relação, as chances de recaídas são imensas. Nessas situações, a ajuda de um psicólogo é fundamental. Se existe a vontade mútua de tornar a relação mais salubre, uma terapia de casal pode ajudar. Mudanças comportamentais e de temperamento requerem muito empenho e dedicação pessoal.
Como sair dessa relação destrutiva sem escoriações?
Tenha claro para si o que quer para sua vida e reflita muito antes de tomar a decisão. E, quando tomá-la, mantenha-se fiel aos seus objetivos. Pense de forma objetiva, racional e ampla. Mantenha a mente ocupada com amigos, trabalho, ginástica, por exemplo. Livre-se das lembranças, fotos, agendas e exclua o 'ex' das redes sociais. Evite situações que possam precipitar uma recaída e procure imaginar o futuro com essa pessoa e esse relacionamento pernicioso: se não quer isso para você, então, corte de vez!




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