quarta-feira, 23 de julho de 2014

O grande desafio para o Homem do Terceiro Milênio.

o Homem do Terceiro Milênio'

Somos escravos do universo. Ele nos criou para  servi-lo, para  pensá-lo: ele se vê através de nós e quis  nos criar para se olhar, é um ser vaidoso, narcisista e quando não necessita mais de nós nos dispensa. torna-nos desnecessários. A maior parte dos homens não foram mais que seres inexpressivos e amorfos. Aristóteles. Kepler, Birstein, Freud e outros mais são exceções que saíram do casulo terrestre para o espaço cósmico.

O universo é o grande mestre e o grande maestro desta sinfonia cósmica, terrestre, humana, filogenética.

Somos fragmentos  do universo,  partículas dispensáveis e significativas. quando expressamos  a Verdade do universo. Somos seres limitado e impotentes, diante da criação e Verdade do Cosmo.  E a forma pela qual tentamos sobreviver é sermos onipotentes, poderosos, narcisistas,  falsos e ilusórios, escravos que somos do elogio e da vaidade. Necessitamos assumir,  com modéstia e humildade, nossas limitações, impotências e qualidades, diante da vida, diante dos homens, dante do TODO.  Desta forma  talvez possamos tornar-nos mais viáveis diante de uma nova evolução, que é infinita, e que nós avaliamos com um precário aparelho sensório-motor.
O homem tem que ilusoriamente acreditar que dinheiro, poder, beleza, guerra e narcisismo são os motivos da sua sobrevivência.

O Universo é exigente com aquilo que criou : "Decifra-me  OU devoro-te" é a sua lei dominadora.
O homem possessivo e egoísta, que não cumpre essa lei e não consegue re-significar a grandiosidade e majestade do Infinito, torna-se desnecessário, porque deixou de justificar sua função primordial e, conseqüentemente, deixou de provar a razão de sua própria existência.

Mas a ideia de que somos uma minúscula partícula dotada de significado. no cosmo, é humilhante e, ao mesmo tempo. bela e grandiosa.. porque nos remete à nessa essência, à nossa potencialidade, ao nosso papel como seres humanos.

Repetindo Guattari:

__ "Não haverá solução cientifica e industrial para os problemas do meio ambiente sem que profundas transformações sejam feitas nas estruturas sociais, nos hábitos individuais e coletivos e nas mentalidades. Temos a sorte e também a responsabilidade de viver uma extraordinária virada histórica, geopolítica, demográfica. tecnocientífica que põe em questão, efetivamente, a vida o a morte da espécie humana. Convém, pois, tudo repensar, tudo reinventar, tudo reconstruir! Em particular as relações internacionais e os métodos de valorização do trabalho, que interferem com as segregações e os racismos - outras formas de poluição social". 

O caos gerador do cosmo está dentro de cada um de nós, inventivo e fecundo ou, ao contrário, destrutivo e aniquilador.
O psiquismo terrestre, corno a força da gravidade, é possessivo, onipotente e narcisista: desprender-se dele é uma profanação. .
O homem ainda está para nascer no cosmo. No dia em que o homem conseguir fecundar e desenvolver suas potencialidades em direção à sublimação de si próprio, do universo e da filogênese, ele estará exercendo, em plenitude, a sua capacidade de criador.

O psiquismo terrestre é primitivo, arcaico e, as inter-relações objetais Homem/Terra são precárias. São poucos os seres que se atrevem a profanar a simbiose com a Terra. E esta profanação vem carregada de culpa e perseguição, como os acidentes nucleares e os acidentes com naves espaciais.

O parto do psiquismo terrestre tem sido penoso, difícil e terrorifico, Mas o homem vem tentando, há bilhões de anos, suplantar suas relações objetais terrestres, em busca de seu crescimento, de uma parcela mínima de entendimento do universo e da Criação.

Esse é o grande desafio para o Homem do Terceiro Milênio.



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