sábado, 17 de junho de 2017

O HOMEM A PROCURA DE SI MESMO


Em nome de um pretenso progresso, os homens tem "evoluído" para uma aceitação das restrições que lhes são impostas por um sistema institucional cujas leis, regulamentos, etc., adaptados de acordo com as situações e necessidades vigentes (leia-se desejos de aquisição ao poder) debilitam cada vez mais o individuo.
Debilitado, confuso, esse individuo adentra-se no sistema onde a falsidade prevalece. Os chamados " menos fortes" se submetem á dominação dos chamados "mais fortes" que, inseguros, numa tentativa de se defenderem até de suas próprias fortalezas, introduzem controles adicionais.
A pessoa não se apercebe que, na posição de "mais forte" ou "mais fraco", está acatando os ditames existentes e aceitando as ordens de uma forma cega. Essa aceitação cega lhe assegura a comoda posição de vítima.
Apavorado com a possibilidade de um encontro com sua própria verdade, dominado pelo medo de uma possível liberdade, o ser humano descarta de suas reais potencialidades e agarra-se ás suas limitações. Acovarda-se diante da realidade, violenta-se, agride-se e reprime seus sonhos, seus desejos e suas aspirações. Engrena num circulo vicioso onde vai sendo corroído, consumido por essa repressão que a cada momento se intensifica e, não encontra força para romper esse circulo.
A pessoa deseja um encontro com seu próprio espaço, uma descoberta do que realmente lhe pertence, uma libertação do que não lhe pertence e ficou arraigado dentro dela, um reencontro com a sua própria verdade.
O ser humano quer descobrir a liberdade e a liberdade o amedronta pelo desconhecido e pela responsabilidade que lhe são inerentes.
Ele almeja essa liberdade e se apavora ao pressentir seu surgimento. Ele tenta de todas as maneiras camuflar seus desejos.
Todo homem tem que descobrir por si próprio de que modo específico ele pode ser salvo e o objetivo de uma vida só pode consistir em ampliar o somatório de liberdade e responsabilidade a ser encontrada em cada criatura humana e no mundo.

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