terça-feira, 2 de setembro de 2014

Pedaços!

Quantos pedaços de mim ficaram pelo caminho, quantas partes de mim reprimi por acreditar em valores que não eram os meus. Quanta confusão e conflito minha mente se envolveu, quantas perdas e quantas vitórias que no final não me deram muito a comemorar. 
Eram vitórias ilusórias, satisfaziam somente o meu ego, mas nunca preenchiam minha alma. Cheguei a acreditar que muito de mim havia ficado no caminho, mas havia apenas ficado em meu bolso, sem nunca ter saído de lá.
Esse tempo todo a margem de mim mesmo, cego por acreditar que havia algo fora de mim que pudesse me completar, exausto de tentar entender esse mundo, perdido por sua dualidade, vivendo entre opostos experimentando o bem e o mal de tudo. Esse é o caminho da vida, não de todas as vidas, mas da minha vida, perfeito em suas imperfeições, fui lapidado por cada tropeço. Tem valor pra mim até quem não me valorizou, pois cada ser foi uma lição, algumas lições duras, outras suaves.
Dentro de mim porém, descobri que pouco mudou, que sonhos que sonhei continuam vivos, medos que vivi, experiencias que passei. Não sou perfeito, talvez tenha sido difícil aceitar esse fato, mas se quero trilhar o caminho da perfeição é regra máxima que seja imperfeito. Pois só assim vou obter exito quando chegar ao fim da jornada. Quando me fiz a seguinte pergunta, algumas coisas foram mudando na minha forma de pensar: "Você se sente sozinho, ou procura alguém igual a você?"; na maioria das vezes, eu sentia falta de mim mesmo, e buscava isso nas outras pessoas, não que elas não fossem o que eu precisava, mas quem eu procurava era eu mesmo, a noção disso me fez ver as coisas de uma outra forma. A necessidade de se identificar com as coisas, lugares, musicas, pessoas, ideologias, ambientes, etc... foi diminuindo conforme fui percebendo que o que eu precisava estava dentro de mim, e não nessas coisas. E foi assim que eu fui me reencontrando, me reconhecendo, abrindo espaço para me expressar como sou realmente.

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