sexta-feira, 2 de maio de 2014

O caminho e o caminhar de cada um


Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequenino. Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado no mar"
(Mat 11:25/Mar 9:42)

Muita gente vai passar a conhecer Jesus pela curiosidade de ver um filme onde o personagem principal vira um bife na mão dos romanos. Outros se sentirão tocados pelo método da culpa (o famoso mantra "ele morreu por você, tá vendo? você é um pecador sem-vergonha!") que a Igreja Católica utilizou tão bem pra oprimir os ocidentais - talvez na "boa" intenção de reprimir seus instintos mais selvagens. 
Em vez de ver isso como um retrocesso, eu vejo como um começo de responsabilidade. Um estivador, por exemplo, ele trabalha levando o peso dos outros nas costas. Pergunte a um estivador se ele quer trocar de emprego para ganhar a mesma coisa, e ele vai dizer "Claro! Eu tenho esse pois foi o que eu consegui e me pagam direitinho. Antes dele eu vivia desempregado, sem perspectivas, pensava até em me matar. Esse emprego me salvou, mas claro que eu quero coisa melhor". É a mesma coisa com a religião. Não estou aqui falando de ateus que trabalham e procuram ser pessoas decentes que pensam no seu semelhante, mas sim daqueles que estão perdidos na vida, sem coragem de dar um passo à frente e que, se não se matam (ou matam os outros), invariavelmente se voltam para a religião. Por culpa a pessoa "carrega a cruz de Jesus", pois é mais fácil para ela transferir a responsabilidade, e passa a tratar Jesus com a um irmão mais velho, bota o nome dele em cada três palavras que pronuncia, enfim, se torna totalmente dependente da religião. Mas isso é necessário naquela fase evolutiva. A partir dessa fixação a pessoa aprende o que está na Bíblia, e amadurece. Percebe então que Jesus nos exorta a trabalhar, a seguir em frente com nossas próprias forças, com NOSSO peso nas costas (nossas responsabilidades). Nunca desestimulem um irmão que está começando a trilhar o caminho da espiritualidade.

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