O importante é ver logo como ou de que maneira se pode mudar essas reações; mas se acreditamos que somos boas pessoas, que nunca nos comportamos de forma inconsciente e equivocada, nunca mudaremos. Antes de tudo necessitamos compreender que somos pessoas-máquinas, simples marionetes controladas por agentes secretos, por "Eus" ocultos. Dentro de nossa pessoa vivem muitas pessoas, nunca somos idênticos. Às vezes se manifesta em nós uma pessoa mesquinha, outras vezes uma pessoa irritável, em qualquer outro instante uma pessoa esplêndida, benevolente, mais tarde uma pessoa escandalosa ou caluniadora, depois um santo, logo um embusteiro, etc. Temos gente de toda classe dentro de cada um de nós, "Eus" de toda espécie. Nossa personalidade não é mais que uma marionete, um boneco falante, algo mecânico. Comecemos por comportar-nos conscientemente durante uma pequena parte do dia. Necessitamos deixar de ser simples máquinas ainda que durante uns breves minutos diários, isto influirá decisivamente sobre nossa existência. Quando nos auto-observamos e não fazemos o que tal ou qual Eu quer, é claro que começamos a deixar de ser máquinas. Um só momento, em que se está bastante consciente, como para deixar de ser máquina, se for feito voluntariamente, pode modificar radicalmente muitas circunstancias desagradáveis. Para nosso infortúnio, vivemos diariamente uma vida mecanicista, rotineira, absurda. Repetimos acontecimentos, nossos hábitos são os mesmos, nunca quisemos modificá-los; são só trilhos por onde circula o trem de nossa miserável existência, no entanto pensamos de nós o melhor... Por toda parte abundam os Mitômanos, os que se crêem deuses; criaturas mecânicas, rotineiras, personagens do lodo da terra, míseros bonecos movidos por diversos "Eus"; pessoas assim não trabalharão sobre si mesmas...
(Extraído do Tratado de Psicologia Revolunionária,
de VM Samuel Aun Weor)
de VM Samuel Aun Weor)
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