O
que é um co-dependente?
É a pessoa que desenvolve relações baseadas em
problemas. O foco está sempre no outro e o vínculo não é o amor ou a amizade,
mas a doença, o poder, o controle. No fundo o co-dependente acredita que pode mudar
o outro. Seus relacionamentos são criados para transformar os outros.
A definição científica de
co-dependência é: NECESSIDADE IMPERIOSA
EM CONTROLAR COISAS, PESSOAS, CIRCUNSTÂNCIAS/COMPORTAMENTOS NA EXPECTATIVA DE
CONTROLAR SUAS PRÓPRIAS EMOÇÕES.
As perguntas abaixo servem para identificar possíveis
padrões de co-dependência. Somos conscientes que o auto-diagnóstico é um
assunto muito sério e por sua vez pessoal. Esperamos que sejam-lhe úteis. São
elas:
- Você se sente responsável por outra pessoa? Seus
sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades,
bem-estar e destino?
- Você sente ansiedade, pena e culpa quando outras
pessoas têm problemas?
- Voce se flagra constantemente dizendo sim quando
quer dizer não?
- Você vive tentando agradar aos outros ao invés de
agradar a si mesmo?
- Você vive tentando provar aos outros que é bom o
suficiente? Você tem medo de errar?
- Você vive buscando desesperadamente amor e
aprovação? Você sente-se inadequado?
- Você tolera abusos para não perder o amor de outras
pessoas?
- Você sente vergonha da sua própria vida?
- Você tem tendência de repetir relacionamentos
destrutivos?
- Você se sente aprisionado em um relacionamento?
Você tem medo de ficar só?
- Você tem medo de expressar suas emoções de
maneira aberta, honesta e apropriada?
- Você acredita que se assim o fizer ninguém vai
amá-lo?
- O que você sente sobre mudar o seu comportamento?
O que impede-lhe de mudar?
- Você ignora os seus problemas ou finge que as
circunstâncias não são tão ruins?
- Você vive ajudando as pessoas a viverem? Acredita
que elas não sabem viver sem você?
- Tenta controlar eventos, situações e pessoas
através da culpa, coação, ameaça, manipulação e conselhos assegurando
assim que as coisas aconteçam da maneira que você acha correta?
- Você procura manter-se ocupado para não entrar em
contato com a sua realidade?
- Você sente que precisa fazer alguma coisa para
sentir-se aceito e amado pelos outros?
- Você tem dificuldade de identificar o que sente?
- Você tem medo de entrar em contato com seus
sentimentos como raiva, solidão e vergonha?
O co-dependente vem de uma
família com estrutura disfuncional. A síndrome da co-dependência fica mais
visível quando o vício surge. Síndrome é um conjunto de sintomas, como por
exemplo: baixa auto-estima; a dificuldade de colocação de limites; dificuldades
em reconhecer e assumir a própria realidade; dificuldades de tomar conta de
suas necessidades adultas; dificuldade de expressar suas emoções de forma
moderada. O co-dependente é a pessoa que deixa o comportamento de outra pessoa controlar
o seu próprio e que fica obcecada em controlar o comportamento da outra pessoa.
Tudo começa com o fato de nos encontrarmos ligados (por amor, obrigação ou
dever) a alguém muito complicado, doente física ou emocionalmente, que por
conta desta doença se auto-destrói ou desiste de viver e precisa,
aparentemente, de nosso apoio e cuidado constante.
A outra pessoa pode ser uma
criança que nasceu com defeito físico, um adulto deprimido, uma esposa ou
amante anoréxica, um irmão que não se saiu bem na vida, uma irmã que sempre se
mete em encrencas e parece frágil para resolvê-las, um pai alcoólatra ou outro
dependente de qualquer outra droga. Enfim, o importante não é quem esta outra
pessoa é, ou qual a doença ela tem.
O núcleo da questão está em nós mesmos,
na forma como deixamos que ela afete nosso comportamento e nas formas como
tentamos influir no comportamento dela ou “ajudá-la”.
Estamos falando de uma reação
à autodestruição do outro que acaba nos destruindo. Tornamo-nos vítimas da
doença alheia e, quanto mais nos esforçamos para fazer esta pessoa abandonar o
vício ou mudar de postura diante da vida, menos ela melhora e mais arrasados
ficamos.
Parece que nossa vida gira em
torno dela, não mais agimos por vontade própria mas sim reagimos à forma como o
doente está; se está bem ficamos bem, fazemos planos, temos esperança; na hora
em que ele(a) volta a beber ou deprimir, suspendamos o cinema, os projetos, nos
sentimos uma porcaria.
Alguns cientistas consideram
este comportamento de ajuda crônica ao outro, em si mesmo, uma doença
emocional, grave e progressiva. Dizem até que o co-dependente quer e procura
pessoas complicadas para se ligar, só podendo ser feliz desta forma. É o
círculo vicioso do sofrimento.
O co-dependente desenvolve a
fantasia de que é ele que tem que suprir a necessidade do outro, esquecendo-se
totalmente de si.
A carreira profissional do
co-dependente pode ser utilizada para que se proteja dos sentimentos doloridos
(reuniões no escritório, congressos, jantares, prática de esportes, festas,
encontros sociais, estudos). Tudo isto procurando o conforto do distanciamento
dos conflitos interiores.
A co-dependência é um processo
que envolve a pessoa em amarras emocionais tirânicas, que provocam muito
sofrimento. Quando acontece algo doloroso, e o co-dependente diz a si mesmo que
falhou, está na verdade dizendo que tem controle sobre aquele acontecimento.
Culpando-se, ele se prende à esperança de que será capaz de descobrir onde está
o erro e corrigi-lo, controlando dessa forma a situação e fazendo o sofrimento
cessar.
A sua vida lhe pertence. Dela e
somente dela você terá que prestar contas. A vida alheia não está sujeita ao
seu julgamento. Os erros do seu semelhante, sobre ele pesarão. Comece o Dia Feliz (reflexões) C.Torres Pastorino
Todo co-dependente é
indireto, não fala o que sente, e deseja desesperadamente que os outros
adivinhem tais sentimentos e desejos, e fica ressentido quando eles não atendem
suas expectativas. O co-dependente não diz o que deseja dizer, e nem deseja dizer
o que diz.
Somos os autores de nossa própria doença
A doença
mental/emocional é uma doença emocional e espiritual. Espiritual no
sentido de que somos doentes nos pensamentos,
emoções, atitudes, crenças, modo de sentir, tudo, enfim, que leva o ser
humano a agir da maneira que o faz.
São as nossas reações diante dos acontecimentos e não
os acontecimentos em si mesmos, que determinam o nosso modo de sentir. (nossa
interpretação dos acontecimentos e situações que resulta em saúde ou doença
emocional).
Como recuperar-se?
Não fuja da realidade, decida-se a olhar para onde as falhas realmente
se encontram: dentro de nós mesmos.
É nossa responsabilidade fazer alguma coisa a
respeito. Culpa, censuras e críticas só atrapalham, descarte-as. Se for
difícil, procure ajuda.
As respostas estão dentro de você.
Tudo o que tem a fazer é analisar, ouvir e acreditar.
" O pessimista queixa-se dos ventos. "
" O otimista espera que eles mudem. "
" O realista ajusta as velas... "
( Autor Desconhecido
)
Nenhum comentário:
Postar um comentário