segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Provavelmente você deve ter um amigo psicopata.

Quem sempre acompanha meu blog sabe que gosto muito de ler e pesquisar sobre os Psicopatas. Como já fui vítima deles, procuro sempre alertar as pessoas a respeito do comportamento e artimanhas desses seres das trevas. Infelizmente, não é só na novela que vemos gente do mal aprontando um mundo de patifarias por aí... Sabe aquele seu colega de trabalho que subiu rapidinho na empresa, aquele parente que sempre dá golpes e escapa ileso ou aquela mulher horrorosa e relaxada que mantém seu marido num regime de obediência total e irrestrito?? Então, podem ser exemplos de indivíduos bastante inteligentes, porém sem a menor ética em relação aos outros.
A palavra psicopata naturalmente tem um impacto em nossa mente. Muitos a associam a um louco varrido de olhos vermelhos e uma motosserra na mão mas, na verdade,  os psicopatas são  pessoas que têm um conjunto distinto de características de personalidade, crueldade, coragem, tenacidade mental, charme, persuasão e, principalmente, eles têm uma falta de consciência e empatia.
Sim, psicopatas não são aqueles que vemos nos filmes de terror. Eles acordam cedo, passam o dia no trabalho e, à noite, voltam para o aconchego do lar para dormir de conchinha com suas esposas. Eles possuem qualidades que, certamente, podem fazê-los ser os melhores em suas áreas de atuação. Um notório administrador de empresas, um médico brilhante, um empacotador de supermercado que nunca chegou atrasado. Mas é claro, se existem pessoas mais “propensas” a realizar uma matança no mercado, estes são nossos amigos psicopatas. Sim, provavelmente você deve ter um amigo psicopata. Segundo cálculos de Ronald Schouten, professor da universidade de Harvard e autor do livro “Almost a Psychopath“, 1% de toda população mundial é clinicamente psicopata. E cerca de 10 a 15% estão “quase” lá.

A maioria dos psicopatas não são assassinos, ao contrário, podem ser homens muito bem sucedidos em nossa sociedade. Eles são conhecidos como “psicopatas de sucesso” ou “psicopatas bem sucedidos”. Na outra mão, os poucos que cruzam a invisível linha para o assassinato, quando o fazem, deixam-nos de cabelos em pé, são os chamados “psicopatas prototípicos”. Ted Bundy, Jeffrey Dahmer e Andrei Chikatilo são exemplos sobre os quais, acreditem em mim, vocês não gostariam de saber. Entretanto, eles são muito raros. Devido à grande exposição que os prototípicos têm na mídia, criou-se uma falsa percepção de que psicopata é sempre um assassino ou serial killer que corta as cabeças de pessoas para enfeitar a estante de sua sala de estar. Eu nunca vi uma reportagem ou entrevista na TV com um psicopata de sucesso, vocês já?
Todas as pessoas fingem um monte de interações humanas, mas só  psicopata consegue fingir todas elas, e fingem muito bem! Por isso é tão difícil para nós não-psicopatas identifica-los entre nossos amigos...
Durante anos eu fiquei observando como as pessoas vivem  a ilusão, pensei que já tinha analisado praticamente todos os tipos de variações do tema de viver uma mentira.  Mas diferente da maioria, o psicopata (ou uma pessoa com tendências psicopatas),  não consegue ler as pessoas sem muito esforço. Ele não tem um senso intuitivo da coisa certa a fazer ou a dizer. Então, ele está sempre estudando os outros para conseguir pistas de como ser, bem, humano.

Freud sugeriu que, quando temos ansiedade ou traumas em nossas vidas, nós lidamos com isso usando uma variedade de técnicas chamadas “mecanismos de defesa”. Todos as pessoas usam uma variedade de mecanismos de defesa, como negação, identificação e repressão. Talvez o mecanismo mais forte do psicopata seja  a justificação, quando ele diz a si mesmo que suas ações são, na verdade, para um bem maior. O que Freud diria sobre suas vidas, e como suas vidas deveriam inevitavelmente acabar?
Observe que todo psicopata é  superficialmente charmoso, mas lhe falta profundidade emocional.  Os seus planos, friamente calculados, são psicologicamente abusivos.
Para mim, o psicopata representa aquele pequeno ponto em que os dois extremos do comportamento humano se conectam, completando o ciclo que descreve a consciência humana:  é o melhor e o pior que nós podemos ser.

Quando pensamos na palavra psicopata, imagens de filmes como O Iluminado, O Silêncio dos Inocentes ou O Massacre da Serra Elétrica provavelmente nos vêm a mente. Mas na realidade, psicopatas são bem difíceis de se identificar (dica: ele não é o cara com um olhar esquisito vestido com uma capa preta).

“Psicopata é um predador social que encanta, manipula e brutalmente trilha o seu caminho pela vida… totalmente sem sentimentos pelos outros. Eles, egoistamente, pegam o que querem e fazem o que querem, violando regras sociais e expectativas, sem o mínimo senso de culpa ou arrependimento.”

Como já citado, as chances de você conhecer ou ser familiarizado com alguém que se encaixa na descrição acima e, ainda assim, essa pessoa não está furiosamente cometendo uma série de matanças ou servindo tempo na cadeia, são bastante altas. Se esse é o caso, essa pessoa provavelmente se qualifica como um “psicopata bem sucedido” ou “psicopata de sucesso”. Um psicopata bem sucedido é alguém que se encaixa na descrição de um psicopata, mas é muito bem sucedido em suas atividades, o que evita sua identificação. Tais pessoas podem ser advogados, professores, políticos e, segundo informações recentes, provavelmente possuem um endereço permanente  no congresso em Brasília.

Ele pode ser seu vizinho, seu amigo, seu namorado, seu marido, seu colega de trabalho, seu terapeuta, ou talvez, até mesmo, uma blogueira apaixonada pelo tama… opa… pera…




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