A mente criminosa sempre foi um assunto que despertou interesse: o
que faz um criminoso agir como age? Como discernir na multidão aquelas
pessoas que têm o potencial para cometer um crime?
A lista abaixo contém características que são comuns na maior parte
dos assassinos seriais (serial killers), mas certamente não vai dizer se
alguém é um potencial assassino ou não; apenas identificar alguns
“sinais de alerta”. Do mesmo modo, se você identificar-se com algumas
destas características, também não significa que você é ou vai se tornar
um assassino serial. Por via das dúvidas, procure ajuda profissional,
sim?
10 – Abuso de álcool e drogas
Crianças expostas ao abuso de drogas e álcool ainda no útero podem
sofrer de sérios defeitos congênitos. Pequena abertura dos olhos,
retardo, cabeça e cérebro pequenos e problemas no sistema nervoso
central são só alguns dos desafios que elas têm que enfrentar, quando
sobrevivem.
Crescer em um lar onde há abuso de drogas pode ser pior. Transtorno
de déficit de atenção e hiperatividade, distúrbios de afetividade,
dúvidas e sentimentos de inadequação, depressão e problemas de
comportamento se tornam evidentes já na infância.
De acordo com estatísticas do FBI (Departamento Federal de
Investigação americano), os lares em que mais de 70% dos assassinos em
série passaram sua infância tinham problemas relacionados a abusos de
álcool e outras substâncias. Seja como for, muito poucos assassinos
seriais (relativamente) eram viciados em álcool e drogas, mas muitos
deles tiveram contato com estas substâncias na juventude.
9 – Abuso psicológico na infância
A grande maioria dos assassinos seriais sofreu abusos na infância.
Entrevistas e discussões feitas com assassinos conhecidos apontou que
boa parte (50%) sofreu abuso emocional e foram negligenciados.
Eles foram humilhados com frequência e, quando disciplinados,
recebiam um castigo imprevisível, destrutivo e perverso. Mesmo quando
uma criança é apenas negligenciada, enormes falhas de desenvolvimento
acontecem. A criança se torna insensível, e começa a crer que este mundo
emocionalmente estéril que o cerca é normal. Sendo assim, cresce sem
ter empatia pelos outros.
O abuso emocional abala a autoestima da criança, e interfere com sua
capacidade de funcionar adequadamente na sociedade, ter sucesso
acadêmico, e formar relacionamentos saudáveis e com intimidade. Por
isso, é comum ver assassinos seriais trocarem de emprego com frequência e
raramente terem sucesso em relacionamentos.
8 – Eventos sexuais estressantes na infância
Várias pesquisas apontam que eventos sexuais violentos durante a
infância têm sérios efeitos adversos no desenvolvimento do indivíduo.
Muitos assassinos seriais foram forçados a se vestir como menina como
castigo. Testemunhar um ato sexual violento entre membros da família têm
os efeitos mais danosos.
Além disso, alguns contraíram doenças venéreas na adolescência, foram
punidos por se masturbarem quando crianças, ou foram abusados
sexualmente, geralmente pelos pais ou membros da família. Estas
experiências na infância geralmente criam fantasias violentas que
persistem na idade adulta.
O abuso infantil leva ao isolamento, dificuldades de aprendizado (46%
dos assassinos seriais nunca completou o ensino médio), problemas de
autocontrole e convulsões. A pesquisa sobre abusos de crianças confirma
que os assassinos seriais não nascem do jeito que são; são “criados”.
7 – Enurese noturna
Enurese noturna, ou urinar-se à noite, na cama, enquanto dorme, não é
mais aceito como um fator que ajuda a prever tendências violentas, mas
acredita-se que está relacionado a crueldade animal e a piromania de
alguma forma.
Os pesquisadores alegam que persistir com enurese noturna depois dos
cinco anos é degradante para uma criança, especialmente se os pais ou
outras figuras de autoridade a provocam ou subestimam por conta disso.
A criança pode, então, agir com crueldade contra animais ou usar
incêndios para dar vazão a sua raiva e frustração. Cerca de 57% dos
assassinos seriais molhavam a cama até uma idade incomumente avançada.
6 – Crescer só e isolado
O relacionamento de familiares de serial killers é geralmente
disfuncional e debilitante. Estas famílias têm também uma tendência a se
mudar bastante, e a criança é normalmente enviada a abrigos antes de
completar os 18 anos.
A ideia é que estas crianças não têm relacionamentos significativos
enquanto crescem, e assim terminam sem a capacidade de ter este tipo de
relacionamento, ficando solitários. Os assassinos seriais raramente são
lembrados pelos colegas de classe, já que normalmente não têm amigos
próximos. E como geralmente sofrem maus-tratos frequentes por parte de
outras crianças, as tendências antissociais se desenvolvem cedo.
Um observador cuidadoso pode notar que estas crianças começam com
incêndios e roubos, uso de armas, hostilidade e agressão e um total
desprezo aos direitos alheios.
5 – Fantasias
As fantasias dos assassinos seriais são geralmente sobre controle e
violação – pesquisas revelaram que assassinos seriais não conseguiam
lembrar de ter tido alguma fantasia positiva durante a infância. Alguns
fantasiavam sobre automutilação ou mutilação dos próprios genitais. Eles
até fantasiavam repetidamente sobre seus próprios traumas, só que nas
suas fantasias, eles eram os atacantes.
Um assassino serial em formação nunca discute estas fantasias
horrendas com ninguém, mas pensa cada vez mais frequentemente em
torná-las reais. Antes de seu primeiro assassinato, as fantasias
normalmente se focam em cometer o assassinato. Depois, as fantasias se
focam em cometer o próximo assassinato com mais sucesso e maior
eficiência.
4 – Preferência de atividades autoeróticas
A maioria dos assassinos seriais admite que na adolescência evitava
festas e outros eventos sociais. Eles nunca experimentam como
adolescentes normais atividades sexuais com seus colegas, preferindo a
masturbação e outras atividades autoeróticas, como a pornografia. Em
alguns casos, eles eram masturbadores obsessivos, como Andrei Chikatilo,
que tinha uma cicatriz em seu pênis devido à agressão que acompanhava
sua masturbação.
Sem uma estrutura social substancial em sua vida, o assassino não
consegue engajar-se em um relacionamento sexual normal, sendo forçado a
atividades sexuais solitárias. Certas formas de mídia, como revistas de
detetive, geralmente tem contos lúgubres de sexo e assassinato que
também podem servir como uma forma extra de excitação, ligando sexo e
assassinato.
3 – Desenvolvimento de voyeurismo e fetichismo na idade adulta
Desde tenra idade, muitos assassinos seriais têm um interesse intenso
no voyeurismo e fetichismo, bem como outras parafilias. Muitos começam
seus desvios como bisbilhoteiros, antes de passar a ter comportamentos
mais criminosos, como invasão, estupro e assassinato. Como os elementos
de bondage e dominação aparecem com intensidade na maioria das
parafilias, não é surpresa que esta seja a rota mais comum seguida após a
adolescência.
2 – Realizando fantasias em animais
Quase todos os assassinos seriais – 99% deles – admitiram ter
iniciado a realização de suas fantasias violentas em animais antes de
passarem para seres humanos. Como a maioria vem de famílias
disfuncionais, este comportamento anormal e patológico pode ser ignorado
ou não ser percebido, como no caso de Jeffrey Dahmer, cujo pai não se
perturbou com o fato de que seu filho estava dissecando animais. Estes
atos de crueldade animal são uma fonte de prazer para jovens assassinos,
e eles praticam sua arte à perfeição, reencenando os mesmos atos mais
tarde em suas vítimas humanas.
1 – Ferimentos
Ferimentos na cabeça recebidos durante acidentes, traumas repetidos
na cabeça sofridos durante o abuso físico ou ferimentos durante o
nascimento têm sido sugeridos como uma ligação importante ao
comportamento agressivo e violento. Danos ao córtex límbico, hipotálamo
ou lobo temporal podem causar ataques de agressão espontânea. Estas
áreas estão relacionadas a hormônios, agressões, emoções e motivação;
sendo assim, danos nesta região podem resultar em convulsões e algumas
formas de amnésia.
70% dos assassinos seriais receberam ferimentos extensivos na cabeça
quando crianças ou adolescentes, tornando clara a ligação entre estes
ferimentos e o comportamento assassino. Alguns pesquisadores acreditam
que o córtex pré-frontal, a região do cérebro envolvida no planejamento e
julgamento, não funciona direito em psicopatas.[
Listverse]
Fonte:
hypescience