terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ARQUETIPO 16. A CACHOEIRA: LIMPEZA E PURIFICAÇÃO

A água pode dissolver, absolver, lavar e regenerar. A água representa o cosmos na sua totalidade. Ela é o equivalente líquido da luz. Sob a forma de chuva, ela é o poder fecundante do deus-céu, da fertilidade. Como orvalho, ela é uma bênção e uma graça. 

As cachoeiras fazem parte dos rituais dos santuários xintoístas. Diz a lenda que o Dr. Usui meditou junto a uma cachoeira antes de subir o Monte Kuriyama. As cachoeiras se formam pela queda de água de um lugar mais alto para outro mais baixo, significando a unidade do Divino com o Humano. Devido à sua grande altura, a cachoeira tem a força extraordinária da água em movimento, simbolizando um novo potencial criador. 

Nos ritos de purificação do mundo antigo, a pessoa entra nua debaixo da cachoeira para mostrar sua vulnerabilidade e abertura ao poder de Deus. As águas no fundo da cachoeira contêm o sagrado e são as águas da purificação. A pessoa fica debaixo da cachoeira para manifestar humildade e pedir para ser 
curada de toda doença, purificada de toda impureza e recriada pura de coração. 

A água em si é energia in diferenciada, latente, potencial. A água é a primeira forma da matéria e está associada à mãe, ao nascimento e ao ventre da terra. Um conceito japonês, nagáre, significa fluxo da vida. A água flui em momentos sucessivos de renovação infinita. Rios, lagos, riachos e outros corpos de água, mas especialmente as cachoeiras, são propícios como lugares de meditação e purificação, de renovação e recriação. Sob todas as suas formas, a água é uma metáfora expressiva da vida. 

As duas forças opostas neste arquétipo são purificação e contaminação. Quando vivemos na extremidade purificação do continuum, tendemos a realizar rituais de purificação com muita freqüência,  o que indica medo e falta de confiança no Universo. Aqui, hábitos compulsivos são sintomáticos, como lavar-se com muita freqüência ou com muita força, ou lavar as mãos obsessivamente. 
Quando notamos que estamos desenvolvendo hábitos compulsivos, precisamos movimentar-nos imediatamente para o extremo oposto do continuum, mas evitando a contaminação. 

Quando vivemos no extremo da contaminação, somos descuidados com a nossa saúde, seja ela física, emocional, mental ou espiritual. Nós nos adaptamos a um mundo contaminado. Precisamos deslocar-nos para o meio, ou mais para a extremidade purificação, se quisermos continuar saudáveis. 

SE TIRAR ESSA CARTA numa leitura, saiba que você está sendo solicitado a purificar alguma coisa na sua vida. Talvez você tenha um ou mais hábitos exacerbados ou esteja negligenciando algum aspecto da sua vida que precisa de limpeza e purificação. 

Se a carta estiver na POSiÇÃO CORRETA, você tende a usar rituais de purificação com propriedade e moderação. Faça a cerimônia seguinte: 
Crie uma oração de agradecimento. Escreva-a numa folha de papel e dobre a folha no meio. Pendure sua oração em algum lugar que seja especial para você e consagre esse espaço. 

Se a carta estiver INVERTIDA, você precisa fazer um ritual de purificação com água. Algo assim: 
Depois de fazer uma oração por alguma coisa que você queira, prepare seu banho usando sal marinho ou outra substância purificadora. Se quiser, coloque conchas marinhas na água. Enquanto se banha ou toma uma ducha, recrie simbolicamente uma cachoeira ou as águas vivificadoras  de algum lugar sagrado. Imagine as cores do arco-íris penetrando em cada chakra, purificando-os, abrindo-os e fazendo-os vibrar com amor e energia. 
AGRADEÇA ao terminar. Sua oração já foi atendida. 

REFLITA: Antigamente, as pessoas ficavam debaixo de uma cachoeira para sentir a força da água fluindo para a terra e para limpar seus corações e almas. Hoje entramos debaixo do chuveiro e sentimos a força da água nos purificando. 

REFLITA SOBRE A ÁGUA COMO FLUXO: Lembre-se do conceito japonês de nagáre, que significa fluir com cada momento da vida, livrar-se de cada momento passado. Na sucessão da água, de momentos do agora, reconhecemos que todas as coisas acontecem no tempo de Deus. 

AFIRME, sentindo: "Como a cachoeira cobre a minha cabeça e o meu corpo, assim cubra Deus todo o meu ser com amor e abun­dância. Vivo agradecido pelas bênçãos recebidas." 

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