ENTENDENDO A DOR LOMBAR
A dor lombar, mais conhecida como Lombalgia é um
sintoma que afeta grande parte da população e cerca de 80% das
pessoas apresentará algum episódio de dor durante a vida. Devido a
sua alta incidência é considerada pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. Um aspecto
importante da patologia é que ela se configura como uma das
principais causas de ausência ao trabalho e da instalação de
incapacidade permanente. É também um dos motivos mais frequentes
pela procura de assistência médica no Brasil e no mundo.
A lombalgia caracteriza-se por uma dor que aparece na
região mais baixa das costas, próxima ao final da coluna e que em
alguns casos se espalha para as coxas e para as pernas. Ela decorre
de diversas causas como alterações posturais, problemas
degenerativos, lesões nos discos intervertebrais e alterações
mecânicas.
Os desvios posturais
Dentre as alterações posturais mais comuns que afetam
a coluna lombar, temos a hiperlordose lombar e a escoliose. A
hiperlordose é o aumento da curvatura normal que temos na região
lombar. Este aumento da curva faz o “bumbum” ficar mais saliente,
meio que curvado para trás. Isto aumenta a pressão nesta região da
coluna podendo provocar dores. Esta alteração também salienta o abdômen e muitas vezes
a pessoa é magra, mas apresenta uma certa “barriguinha”,
alterando assim, a estética corporal.
A escoliose também é uma curva na coluna, mas
diferentemente da hiperlordose, ela acontece para os lados. É muito
comum, quem apresenta escoliose ter um ombro mais alto que o outro.
Esta curva provoca, da mesma forma, compressão de estruturas que
provocam dor.
A Osteoartrose
Já as causas degenerativas na coluna lombar são
decorrentes do desgaste, principalmente dos ossos. Este “desgaste”
é chamado de Artrose ou de Osteoartrose. Pelo fato da região lombar
estar localizada na base da coluna e dar sustentação ao tronco e
aos movimentos dos braços, os processos degenerativos são muito
comuns após certa idade. Não é difícil encontrarmos indivíduos
acima dos 40 ou 50 anos com osteoartrose lombar.
Lesão nos discos
Alterações mecânicas
Quando a duração da dor lombar ultrapassa três meses,
pode-se considerar o problema como crônico. A lombalgia crônica é
comum na população adulta e nos idosos, podendo afetar a qualidade
de vida de forma importante, provocando o isolamento social e em
alguns casos à depressão.
Tratamento
O tratamento para a lombalgia varia de caso para caso,
portanto, nunca acredite que um tratamento que deu certo para uma
pessoa dará certo para todos. Isto pode levar à automedicação, o
que na maioria dos casos, agrava o problema. A avaliação médica é
imprescindível para o diagnóstico e tratamento adequado da
lombalgia.
Para a reabilitação, a fisioterapia é indicada na
maioria dos casos e auxilia tanto na redução da dor, como na
melhora das funções musculares e posturais. Utiliza-se de correntes
analgésicas, ultrassom e calor, associados a exercícios posturais.
O Pilates pode ser empregado auxiliando na melhora da força e
estabilidade muscular. Para as alterações como a escoliose e
hiperlordose a Reeducação Postural Global (RPG) é o tratamento
mais eficaz. A acupuntura também pode auxiliar na melhora da dor nos
casos de lombalgia.
A postura adequada, em casa, no trabalho e na escola é
fundamental para o bem estar da coluna. Quem apresenta lombalgia deve
evitar ficar muito tempo na mesma posição, pois isto provoca
aumento da tensão muscular e consequentemente, da dor. A pior
posição para a coluna lombar é a posição sentada, pois nesta, a
pressão os discos é maior. Deve-se, portanto, variar a postura a
cada 40 a 50 minutos. Pra quem fica muito tempo em pé, recomenda-se
o uso de um apoio para o pé, como um degrau no qual se deve alternar
o pé apoiado. Para quem tem hiperlordose lombar, orienta-se evitar
o uso de saltos altos, pois estes aumentam a tensão lombar.
Sobre o autor: Sergio Fernando Zavarize é Fisioterapeuta nascido em Mogi Mirim e graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Fez Mestrado e Doutorado também pela PUC de Campinas.
Atua como fisioterapeuta e professor universitário. Tem
25 anos de experiência na área da Fisioterapia com ênfase em
Postura Corporal, Reeducação Postural, Problemas de Coluna,
Fisioterapia Esportiva, Ortopedia, Geriatria e Tratamento de Dores
Crônicas.
É proprietário da clínica “Fisio Terapêutica
Zavarize”, situada à Rua Padre José nº 396, no centro de Mogi
Mirim. Fone (19) 3862-4180.
Site: www.fisiozavarize.com.br
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