Prof. Sergio Fermndo Zavarize |
Outro assunto abordado pelo prof.Zavarize ,e muito pertinente para essa época atual, é o efeito do estresse sobre nossos músculos ....
ESTRESSE E OS
MÚSCULOS
O Estresse é um conjunto de reações do organismo tanto físicas como mentais às agressões de ordens diversas, capaz de alterar o equilíbrio do nosso corpo. A palavra se origina do Inglês e pode ser traduzida como tensão, pressão, estafa, dentre outras.
Nosso
organismo está preparado para as reações de emergência ou perigo
pela ação do sistema nervoso simpático, que é uma parte do
sistema nervoso responsável pelas reações de lutar ou fugir. Esse
sistema existe no ser humano, assim como nos animais e tem a função
de proteção.
Por
exemplo: se lá no princípio dos tempos, nosso ancestral ao sair em
busca da caça se deparasse com um leão feroz, imediatamente o seu
corpo iria reagir pela ação do sistema nervoso simpático com a
aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese (suor) abundante,
dilatação das pupilas, aumento da frequência respiratória,
aumento do fornecimento de sangue para os músculos, dentre outras
alterações. Essas reações automáticas preparam o corpo para duas
situações: fugir ou lutar! É como se a energia do nosso corpo
ficasse toda concentrada para aquele momento e o corpo terá
realmente maiores condições de alcançar respostas rápidas, com
força e precisão. Por conta dessas reações que ouvimos histórias
de mães que conseguem levantar um carro para tirar seu filhinho que
estava debaixo ou abrirem a boca de jacarés para salvarem seu filho.
Esta força é proveniente da reação do sistema nervoso simpático
ao estresse momentâneo.
Em
contrapartida, no nosso cotidiano não é comum encontrarmos leões
pelas ruas ou jacarés querendo nos devorar, mas temos outras “feras”
que são estressoras por natureza. As más condições de trabalho, a
competitividade, problemas de relacionamentos, problemas financeiros
e doenças, são as feras da atualidade. Estes fatores estressantes
podem permanecer por muito tempo e nosso corpo sofre muito com isso.
Realmente
se vivermos em constante estado de tensão e estresse por muito
tempo, causados pelo excesso de ansiedade e também decorrentes dos
quadros de depressão, teremos sérias consequências para a saúde.
É muito comum as pessoas trabalharem mais do que oito horas no dia,
em um ritmo bastante acelerado. As posturas no trabalho e na escola,
nem sempre são ideais. As pressões por produção no trabalho
também são grandes.
Portanto,
os problemas afetivos e emocionais, a alimentação inadequada, as
poucas horas de sono, e a fadiga constante, podem levar a um desgaste
excessivo que proporciona um desequilíbrio orgânico. Este
desequilíbrio se não for tratado adequadamente e persistir por
muito tempo poderá causar diversas alterações e dentre elas
podemos citar o enfraquecimento do sistema imunológico (sistema de
defesa do corpo); alterações digestivas (aumento na acidez podendo
causar gastrites e úlceras); alterações cardiovasculares diversas;
alterações respiratórias (rinites alérgicas, crises asmáticas);
alterações na pele (alergias, irritações); alterações
musculares e dos tendões (câimbras, tendinites e contraturas).
O
estado excessivo de estresse especificamente nos músculos leva a um
aumento de sua tensão, isto é, eles ficam mais rígidos e perdem a
elasticidade. Nesses casos é muito comum o aparecimento frequente de
câimbras e torcicolos. Há também um comprometimento da circulação
e maior acúmulo de ácido lático. Se esta rigidez permanecer por
muito tempo, vai causar a Fibromiosite que é uma inflamação
crônica no músculo. Todas estas alterações podem também provocar
uma maior incidência de contusões musculares, estiramentos,
contraturas, etc.
O
melhor meio de evitar o estresse muscular é por meio de uma
alimentação balanceada, da prática de exercícios físicos pelo
menos três vezes na semana, dormir em média cerca de oito horas por
noite e ter um lazer semanal, que pode ou não estar ligado a pratica
de algum tipo de exercício físico ou esporte.
No caso
específico do stress muscular, recomenda-se o alongamento diário
como melhor forma de prevenção, pois mantém a elasticidade e a
oxigenação dos tecidos. Exercícios na água como a natação e a
hidroginástica também são muito benéficos aos músculos, pois
melhoram sua força e flexibilidade e proporcionam um relaxamento.
Quando
a dor é muito intensa, pode-se usar a massagem para estimular um
maior relaxamento das fibras musculares e nos casos onde há a
Fibromiosite o tratamento deverá ser feito através da fisioterapia
para eliminar a dor, a inflamação e ainda melhorar a flexibilidade
dos músculos comprometidos.
Sobre o autor: Sergio
Fernando Zavarize é Fisioterapeuta nascido em Mogi Mirim e graduado
pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Fez Mestrado e
Doutorado também pela PUC de Campinas.
Atua como fisioterapeuta e professor universitário. Tem
25 anos de experiência na área da Fisioterapia com ênfase em
Postura Corporal, Reeducação Postural, Problemas de Coluna,
Fisioterapia Esportiva, Ortopedia, Geriatria e Tratamento de Dores
Crônicas.
É proprietário da clínica “Fisio Terapêutica
Zavarize”, situada à Rua Padre José nº 396, no centro de Mogi
Mirim. Fone (19) 3862-4180.
Site: www.fisiozavarize.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário