Na Idade Moderna os surdos passaram à categoria
de humanos. Começaram a ser considerados como seres humanos dotados
de capacidade lógica de raciocínio, demonstrando perfeito
funcionamento das faculdades mentais. Essa mudança de mentalidade,
em relação ao surdo, proporcionou o surgimento de dois grandes
movimentos na Europa. O primeiro chamado movimento oralista que,
baseado na ideologia dominante, pregava a idéia de que o surdo
deveria aprender a língua oral como única e exclusiva e que o uso
de sinais atrofiava a mente, para o posterior desenvolvimento da fala
e do pensamento. Nesta abordagem os sinais eram considerados como
mímica, sem estatuto de língua. O segundo movimento considerava os
surdos como indivíduos competentes e reconhecia a língua de sinais
como própria da comunidade surda, pregando que o surdo deveria ser
educado nesta língua. Neste período surgiram vários estudos sobre
a língua de sinais e as comunidades surdas conseguiram um status
social, político, econômico, lingüístico e cultural. Uma grande
conquista foi a abertura de escolas públicas para surdos onde, em
muitas delas, a condução pedagógica era realizada somente por
surdos. Com isso, os surdos puderam estudar e se formar em diversas
profissões.
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