A cidade de Matamoros, no México, faz divisa com o estado norte-americano do Texas. A cidade mexicana tem sido um popular local turístico para estudantes norte-americanos. Desde os anos de 1930, centenas deles todos os anos cruzam a fronteira em busca de aventuras e diversão.
Em 14 de Março de 1989, um desses estudantes, Mark Kilroy, um estudante de medicina da Universidade do Texas, desapareceu sem deixar vestígios em Matamoros. O que ele e sua turma de amigos não sabiam, é que de janeiro a março de 1989, mais de 60 desaparecimentos haviam sido contabilizados pela polícia da cidade.
O caso logo ganhou repercussão. Afinal: Mark Kilroy era americano, branco e de família rica. Uma recompensa de 15 mil dólares foi oferecida e a polícia mexicana organizou uma força-tarefa para investigar o desaparecimento.
O desfecho do caso foi feito quase que por acidente. Em uma investigação sobre tráfico de drogas, a polícia mexicana invadiu um rancho chamado Santa Elena. Lá eles fizeram uma descoberta macabra. Além de grandes quantidades de maconha e cocaína, os policiais descobriram um galpão do que parecia ser um altar coberto por manchas de sangue, cabelo humano e massa cinzenta e decorado com uma cabeça de bode. Um dos presos na operação policial disse ter visto “um gringo loiro” amarrado na parte traseira de uma van. Essa foi a senha para uma descoberta ainda mais macabra.
Foram encontrados 15 corpos enterrados no rancho. O local era a sede de um culto de adoração satanista de traficantes utilizado para sacrifícios humanos. Mark Kilroy fora sacrificado a Satã em troca de proteção ao culto contra a polícia. Cada vez que uma grande transação de drogas era concretizada, um jovem ou menino era sacrificado no altar. O coração e o cérebro das vítimas eram arrancados e fervidos em um guisado canibal antes de o corpo ser decapitado e a espinha dorsal extirpada.
O corpo de Mark Kilroy estava entre os 15 corpos encontrados no rancho. Seu cérebro estava em um pote juntamente com escorpiões e aranhas. Ao lado havia vários outros itens os quais a polícia não pôde identificar.
Segundo o preso, Mark Kilroy foi morto pelo líder da seita, o todo-poderoso Adolfo de Jesus Constanzo, conhecido como “O Padrinho”. Adolfo liderava a seita juntamente com a segunda na hierarquia, Sara María Aldrete Villareal, a alta sacerdotisa do grupo, conhecida como “A Madrinha.”
Adolfo de Jesus Constanzo cresceu em Miami e desde pequeno teve contato com o ocultismo. Sua mãe, uma cubana que tinha o simpático apelido de “bruxa” por seus vizinhos, foi quem introduziu o pequeno garoto nas artes das trevas. Por influência ou não dela, uma das principais diversões do pequeno Adolfo era torturar e matar pequenos animais. E não era só isso, ele gostava de realizar rituais com galinhas, gatos e quaisquer outros animais que pudesse encontrar.
Como todo psicopata, Adolfo era encantador e manipulador. Frequentava os melhores ambientes e conseguia os melhores aliados que um psicopata pode ter: de famosas pessoas do showbusiness a poderosos políticos mexicanos. De chefes do narcotráfico a importantes chefes de polícia. Ele sempre conseguia o que queria. Prova disso é que ele planejou cuidadosamente o encontro com a linda Sara Maria Vilarreal Aldrete, a moça de família que ele posteriormente introduziria para a arte das trevas.
Adolfo é mais um exemplo de um pequeno psicopata que cresceu torturando e matando animais e já na vida adulta passou para uma etapa, digamos, mais avançada: A tortura e morte de humanos. O psicopata satanista e assassino foi morto em 6 de maio de 1989 por um dos seus guarda-costas (ele obrigou o guardra-costas a matá-lo após a polícia cercar o prédio onde estava). Sara Maria Aldrete foi condenada a 62 anos de cadeia pelos crimes. Estima-se que o grupo liderado pela dupla tenha assassinado no mínimo 30 pessoas.
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