“Não sei o que aconteceu naquela casa, mas eu sei que o meu filho não fez aquilo. Jordan era uma típica criança de 11 anos, muito alegre e carinhoso.”
Essa frase é emblemática e mostra o quanto casos envolvendo crianças assassinas é complexo. Poderiam os pais, serem responsáveis pelos atos dos seus filhos ?
Já vimos que crianças psicopatas tem comportamentos diferentes do de crianças normais. Seria de se esperar que os pais enxergassem isso e ajudassem os seus filhos. Mas isso não acontece na realidade. Muitos pais só conseguem realmente enxergar o que o seu filho é, quando uma coisa de muito ruim acontece. Mas as vezes, nem assim eles aceitam. E é esse o caso de Christian Brown, pai de Jordan Brown.
Para Christian Brown, seu filho era uma criança normal, alegre, carinhoso. Mas foi essa mesma criança “normal”, alegre e carinhosa que encostou uma espingarda calibre 20 na cabeça da sua madrasta grávida de 8 meses e puxou o gatilho. Kenzie Houk, de 26 anos, e o seu filho que ainda se desenvolvia em sua barriga morreram na hora.
O que Jordan fez após matar a madrasta e o seu futuro irmão ? Guardou a arma, pegou sua mochila e foi para a escola como se nada tivesse acontecido. Ainda chegou a mentir para a polícia dizendo que havia visto uma camionete preta rondando o local.
“O crime foi um assassinato em estilo de execução de uma jovem e indefesa mãe grávida,” disse um dos investigadores do caso.
O caso teve repercussão no mundo inteiro por um simples fato: Aos 11 anos, Jordan poderia ser a pessoa mais nova da história dos Estados Unidos a ser condenada a prisão perpétua. Isso porque ele seria julgado como adulto.
A pressão da opinião pública, assim como de ONGS internacionais deram resultado e o garoto, ao invés de ser julgado como adulto, foi julgado como um delinquente juvenil. Em abril desse ano ele foi julgado e considerado culpado. Jordan Brown ficará preso até os 21 anos. Ele poderá sair da prisão em 2020.
Muito discutiu-se sobre a idade do assassino e a sua incompleta formação psicológica que o impossibilitaria de fazer um discernimento do certo ou do errado e de fazer um julgamento completo sobre a situação. O que todo mundo esqueceu é que um ser humano que daria à luz a outro ser humano morreu pelas mãos de um garoto que sabia sim o que estava fazendo e que a executou por causa de um desequilíbrio emocional. A polícia acredita que Jordan matou a madrasta porque estava com ciúmes do filho que ela estava esperando. É um bom modo de acabar com a concorrência não ? Imagine se toda criança resolvesse matar pessoas ao se sentirem rejeitadas, acuadas ou mau amadas ?
Meio mundo defendeu Jordan Brown. Parece que ninguém enxergou a horrorosa maldade que esse garoto fez. A discussão deveria ser em torno das origens maléficas presentes no garoto que o fez cometer um ato tão horrendo.
Não posso julgar um pai que defende o seu filho. Um pai sempre defenderá o seu filho, mesmo que ele cometa atos tão horríveis como esse. Mas também, não podemos ser cegos.
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